Leilão de energia custaria R$ 20 bilhões a menos aos consumidores se não fosse “jabuti da Eletrobras”, lamenta ABSOLAR

Segundo avaliação da entidade, brasileiros pagarão o dobro por energia mais cara e suja do que as renováveis.

O Leilão de Reserva de Capacidade, que contratou, no dia 30 de setembro deste ano, 743 megawatts (MW) de energia de termelétricas fósseis tornará a conta de luz ainda mais onerosa aos consumidores. A contratação é fruto do “jabuti” inserido na Lei 14.182/2021, a chamada lei da capitalização Eletrobras. Segundo análise da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), os brasileiros pagariam R$ 20 bilhões a menos num período de 15 anos, caso a energia contratada fosse proveniente de fontes limpas e renováveis, como solar e eólica.

Se o volume de energia contratada pelo leilão, de 670 MW médios, fosse atendido por novas usinas solares, seriam adicionados 2,7 mil MW de potência na matriz elétrica brasileira, atraindo R$ 10 bilhões, volume R$ 5,8 bilhões superior do que os aportes gerados pelas termelétricas.

Para Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, a contatação de energia termelétrica fóssil e poluente, a preços duas vezes maiores do que as renováveis, é um contrassenso e um retrocesso para o Brasil. “Trata-se de uma oportunidade perdida que onera o consumidor brasileiro e deixa de gerar até 81 mil novos empregos que o setor solar poderia trazer aos País”, comenta.

Carlos Dornellas, diretor técnico-regulatório da ABSOLAR, ressalta ainda que os empreendimentos fotovoltaicos possuem preços altamente competitivos, que ajudam a reduzir a conta de luz dos brasileiros. “Também não utilizam água e evitam as emissões de poluentes e gases de efeito estufa, além de serem ágeis e versáteis para entrar em operações, precisando de menos de 18 meses desde o leilão até o início da geração de energia elétrica”, conclui.

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