IPCA foi de -0,65% em setembro na RM de Fortaleza

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro, para a Região Metropolitana de Fortaleza, foi de -0,65%, terceiro mês seguido de deflação. No ano, o IPCA acumula alta de 4,19% e, nos últimos 12 meses, de 6,88%, abaixo dos 8,89% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,22%.

Período

Taxa

Setembro 2022

-0,65%

Agosto 2022

-0,74%

Setembro 2021

1,22%

Acumulado no ano

4,19%

Acumulado nos últimos 12 meses

6,88%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de recuar menos do que no mês anterior (-5,12%), o grupo dos Transportes (-3,25%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,62 ponto percentual (p.p.). Na sequência vieram Comunicação (-2,85%) e Alimentação e bebidas (-0,42%).

No lado das altas, destacam-se os grupos Vestuário (2,26%), com a maior variação positiva do mês e maior contribuição positiva (0,11 p.p.), e Artigos de residência (0,56%). Os demais grupos ficaram entre o 0,10% de Educação e o 0,49% de Saúde e cuidados pessoais.

Os Transportes (-3,25%) registraram queda pelo terceiro mês consecutivo. Assim como nos meses anteriores, o resultado é consequência da redução no preço dos combustíveis (-10,61%). A gasolina (-11,05%) contribuiu com o impacto negativo mais intenso no índice de setembro (-0,61 p.p.). Também apresentaram queda óleo diesel (-5,43%) e gás veicular (-8,78%). Cabe mencionar ainda o recuo nos preços das motocicletas (-0,08%) e dos automóveis novos (-1,82%).

Ainda em Transportes, destaca-se o declínio de 7,32% nas passagens aéreas, após a queda de 12,15% em agosto. Com isso, as passagens aéreas tiveram impacto individual negativo no índice de setembro (0,03 p.p.), entre os subitens pesquisados. Além disso, também houve aumento do transporte por aplicativo (1,73%), que havia caído 6,96% em agosto.

O recuo do grupo Comunicação (-2,85%) foi puxado por acesso à internet (-10,95%) e por telefonia, internet e tv por assinatura (-1,84%). Juntos, os dois subitens contribuíram com -0,11 p.p. no IPCA de setembro.

O grupo Alimentação e bebidas passou de alta de 1,08% em agosto para queda de 0,42% em setembro, puxado pela alimentação no domicílio (-0,55%). Essa foi a primeira variação negativa deste grupo em 2022. Os preços do frango inteiro caíram 3,15%, contribuindo com -0,05 p.p. no resultado do mês. Apesar da queda, o produto ainda acumula alta de 8,92% nos últimos 12 meses. Destaca-se também a redução nos preços das carnes (1,30%), com impacto de -0,04 p.p. Entre as altas, a maior contribuição (0,02 p.p.) veio da leite em pó (2,40%), que havia subido 8,77% em agosto.

A alimentação fora do domicílio (0,01%) estabilizou ante o mês anterior (0,74%). A refeição (0,01%) e o lanche (-0,23%) apontaram essas variações em setembro, após registrarem em agosto (0,75% e 0,63%, respectivamente).

Regionalmente, apenas uma das 16 áreas teve variação positiva em setembro. A alta em Vitória (0,17%) foi puxada pelas variações da taxa de água e esgoto (13,01%) e da energia elétrica residencial (4,95%). O menor resultado ocorreu aqui na região metropolitana de Fortaleza (-0,65%), principalmente por conta da queda de 11,05% nos preços da gasolina.

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