Integração saudável: Educadora fala como a tecnologia deve ser encarada no contexto educacional
Segundo Raquel Siufi, é importante investir na adoção de medidas que controlem a dependência digital
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A Revolução Técnico-Científico-Informacional, também conhecida como Terceira Revolução Industrial, proporcionou transformações em diversos setores da humanidade de modo a popularizar e incorporar o uso da tecnologia a esses segmentos. Essas ferramentas passaram a ser utilizadas também no ambiente educacional com mais frequência, como celulares, tablets e notebooks. De acordo com Raquel Siufi, uma das mais importantes educadoras da nova geração, famosa por acertar 11 vezes consecutivas o tema da redação do ENEM, apesar dos benefícios advindos do uso desses aparelhos, a utilização inadequada pode atrapalhar o desenvolvimento cognitivo dos estudantes.
“Em primeira análise, é preciso ressaltar que tais ferramentas permitem anotações rápidas e seu sistema de armazenamento de arquivos é muito eficaz no ambiente de estudo. Além disso, conectados à rede, os alunos têm um acesso maior e mais rápido a livros e artigos acadêmicos, sem que exista a necessidade de um espaço físico para armazená-los. Assim, a integração entre os eletrônicos e a educação pode ser positiva aos jovens nascidos na era digital, uma vez que já estão habituados a esses dispositivos tecnológicos. Mas é preciso retratar os efeitos negativos do uso exagerado e frequente desses utensílios em sala de aula.”, declarou ela.
Raquel afirma que dentre esses efeitos estão o vício e alienação, que acabam distraindo o estudante do seu objetivo de estudo. “É provado que anotações visuais necessitam de menos atenção e foco do que a escrita física, o que prejudica a capacidade de memorização dos estudantes. Assim, o uso da tecnologia como um alicerce essencial – e não como mais uma ferramenta de assistência – pode atrasar o processo de evolução cognitiva”, explica a educadora.
Sendo assim, para Siufi, visando que a substituição dos cadernos por celulares, notebooks e tablets não seja prejudicial ao aluno, é preciso investir na adoção de medidas que controlem a dependência digital desde a primeira infância, “As escolas e famílias também devem incentivar, desde cedo, métodos de aprendizagem e de memorização que não estejam ligados essencialmente à tecnologia. Dessa forma as transformações não representarão danos à educação, contribuindo para o desenvolvimento da sociedade”, finalizou Raquel.
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