Inflação na indústria sobe 1,31% em junho com recorde no ano e em 12 meses
Alta do IPP foi puxada por preços da indústria extrativa, que cresceram 8,71% no mês – Foto: Agência Vale
Os preços da indústria subiram 1,31% na passagem de maio para junho, resultado superior à alta registrada na passagem de abril para maio (0,99%). O acumulado no ano atingiu 19,11%, o maior para este mês na série histórica iniciada em 2014. O acumulado em 12 meses também foi recorde, chegando a 36,81%. Os dados são do Índice de Preços ao Produtor (IPP), divulgado hoje (28) pelo IBGE.
Outra alta relevante se deu em produtos de metal (2,80%), a segunda maior variação observada no mês entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação analisados na pesquisa, além de apresentar a terceira maior influência na variação da Indústria frente a maio (0,08 p.p.). Conforme vem ocorrendo desde o início do ano, o aumento em junho se justifica, em grande parte, pelos maiores preços das matérias-primas utilizadas no setor, em especial o aço.Entre as quatro atividades que mais sofreram alta de preços no mês, além das indústrias extrativas (8,71%) e dos produtos de metal (2,80%), estão as indústrias de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,60%) e minerais não-metálicos (2,50%).Em relação às grandes categorias econômicas, o IPP registrou alta de 0,71% em bens de capital; 1,56% em bens intermediários; e 1,01% em bens de consumo, sendo que 2,03% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 0,81% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Mais sobre a pesquisa
O IPP tem como principal objetivo mensurar a mudança média dos preços de venda recebidos pelos produtores domésticos de bens e serviços, bem como sua evolução ao longo do tempo, sinalizando as tendências inflacionárias de curto prazo no país. Constitui, assim, um indicador essencial para o acompanhamento macroeconômico e um valioso instrumento analítico para tomadores de decisão, públicos ou privados.
A pesquisa investiga, em pouco mais de 2.100 empresas, os preços recebidos pelo produtor, isentos de impostos, tarifas e fretes e definidos segundo as práticas comerciais mais usuais. Coletam-se cerca de 6 mil preços mensalmente. As tabelas completas com os resultados estão disponíveis no Sidra.