Índice de satisfação das micro e pequenas indústrias tem melhor resultado desde janeiro, mas ainda não indica recuperação

Último trimestre do ano teve início com cenário menos negativo, com 58% das empresas funcionando normalmente e saldo positivo de vagas
A queda nos índices de avaliação ruim ou péssima dos empresários das micro e pequenas indústrias com relação aos negócios, faturamento e margem de lucro indicam um cenário menos negativo na comparação com o mês anterior. A conclusão tem base na pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizado pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), segundo a qual, o Índice de Satisfação Econômica subiu de 111 para 120 pontos, numa escala que varia de 0 a 200. Conforme mostra o gráfico a seguir, o resultado é o segundo melhor do ano desde janeiro, mas está longe de apresentar melhora significativa.
De acordo com a pesquisa, o último trimestre do ano começou com um cenário menos negativo do que setembro. Entre os fatores positivos está a retomada da atividade, que em outubro atingiu o melhor resultado do ano, com 58% das micro e pequenas indústrias funcionando normalmente. No entanto, 23% delas ainda estão com uma pequena parte das atividades paradas. Outras 15% estão com a maior parte das atividades paradas e 3% totalmente paradas.
Inadimplência recua, mas ainda é preocupante O número de micro e pequenas indústrias com clientes em débito oscilou de 33% para 31% entre setembro e outubro. Apesar de alto, os dados apontam que o índice ficou abaixo da média histórica do levantamento, que é de 41%.
Com relação aos valores devidos, 17% das micro e pequenas indústrias deixaram de receber o equivalente a até 15% do seu faturamento. Outras 6% deixaram de receber valores que representam entre 15% e 30% do faturamento; 7% deixaram de receber valores que representam mais de 30% do faturamento.
Saldo positivo na geração de vagas De acordo com a pesquisa, o índice de contratações e demissões das micro e pequenas indústrias passou de 101 para 104 pontos, permanecendo acima dos 100 pontos pelo quarto mês consecutivo, o que indica ganho líquido de vagas. 
Na avaliação do presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria no Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, os dados indicam uma leve melhora no cenário, mas ainda longe do ideal. “Essa reversão das expectativas negativas que a pesquisa vinha indicando anteriormente reflete um otimismo temporário por conta do final de ano, quando tradicionalmente há aumento na demanda e, consequentemente, geração de vagas. Mas não podemos confundir os indicadores positivos com uma retomada em meio à crise, pois os custos de produção continuam elevados e com tendência de mais aumento. Além disso, final do ano significa para as empresas também o pagamento do 13º salário aos funcionários, e nem todas estão preparadas para esse desembolso”, ressalta. 

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