Independência ou vida!

Luiz Roberto Vieira Félix

Presidente do Instituto Politikós Brasil

 

Os livros de história nos contam que no dia 7 de setembro de 1822 às margens do riacho do Ipiranga, ouviu-se um brado retumbante de um herói. Tratava-se do nosso Imperador libertário, Dom Pedro I.  Parece que o tão ironizado jeitinho brasileiro foi coroado a essa época. A maioria de nós esqueceu que naquele tempo ocorriam nas ruas das províncias, inúmeras movimentações e protestos em torno da independência do país.         Seria trágico, se não fosse cômico. Aparentemente, até nossa independência está sob forte suspeita de utilização das ferramentas do nepotismo.  Se não vejamos, ao pai, D. João VI, sobrou à condição de soberano de Portugal e Algarves, ao filho, coube o papel de Imperador das terrinhas além-mar, chamadas de Brasil.  Ao povo restou a crendice de que estava tudo ótimo. Afinal, somos uma nação independente (!?).

A história vive nos pregando essas peças teatrais da ironia. Arquiteta-se um grande jogo de xadrez onde quem está no topo da pirâmide continuará imperando, mas em sua base, tudo sempre levará a crer que está ocorrendo justiça, paz, liberdade e fraternidade a sociedade. Sempre vai aparecer um herói montado em seu cavalo branco, gritando a liberdade de um povo, que por sua vez parece continuar amando as amarras em seus pulsos e as correntes em seus pescoços, são pessoas que se sentem livres,  pois não sentem mais o peso do chicote em seus lombos, afinal, o sistema conduz a consciência coletiva a um êxtase inexistente de bem estar social, baseado no consumo individualista, ou quando muito, familiar. Pondo por terra a condição mínima de uma harmonia dos anseios da coletividade, prevalecendo uma condição voraz e autofágica de concorrência entre indivíduos, desumanizando a sociedade. Onde está a independência? Cadê a liberdade? Que garantias nos asseguram os meios institucionais do estado brasileiro? Onde dorme o estado democrático de direito brasileiro? Precisamos acordá-lo deste pesadelo!

Devemos eliminar de uma vez por todas do inconsciente coletivo a figura de salvadores da pátria, até mesmo, porque está comprovado que esses heróis acabam devolvendo as galinhas e os galinheiros para as raposas. A vida merece ser encarada por suas realidades, fatos e buscas de soluções práticas.

Bem, por outro lado às pessoas, a população, deve reconhecer que o seu papel de apontar o dedo generalizante para a política e criminalizar o estado e tudo às suas voltas é nocivo ao desenvolvimento da sociedade e ao exercício da democracia participativa.  A maioria escolhem seus representantes, acreditando que o direito a crítica, é a única forma de fiscalizar os seus eleitos. É lamentável, admitir que boa parte da população locupleta-se, com as sobras dos espólios desta guerra insana e maldita, que em geral, visa à dilapidação do patrimônio do estado em favor de uma minoria privilegiada, em detrimento de uma maioria massacrada, espezinhada e explorada.

Neste sentido, surgiu o Instituto Politikós Brasil, que acredita na virada deste jogo. Diante da constituição brasileira, do marco regulatório do terceiro setor e das leis vigentes em nosso país, pretende ser a maior universidade formadora de líderes nos diversos setores da sociedade, nas comunidades aonde as pessoas se encontram, através de um processo educacional libertário da consciência de cidadania e caráter político. Transformando indivíduos em suas comunidades, por meio de instrumentos pedagógicos e métodos científicos, em líderes capazes de ver o mundo de forma holística, reconhecendo a necessidade de se modificarem intimamente, e através desta mudança de dentro para fora, sejam transformadores de sua sociedade, influenciando positivamente com suas atitudes, a construção de um país rico na prática do bem e do amor universal, tão necessário ao desenvolvimento de uma sociedade humanamente justa, um estado soberano e um povo ricamente liberto e solidário.

Que no futuro venhamos a presenciar um país autossustentável em seus meios econômicos, industriais, humanos, empreendedores e no fortalecimento e preservação do meio ambiente.

Viva a independência da consciência humana, a vida e sua sustentabilidade global!

 

One thought on “Independência ou vida!

  • 7 de setembro de 2019 em 21:27
    Permalink

    Parabens meu amigo pelo o projeto
    Sucesso ????

    Resposta

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