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Greenpeace Brasil flagra 130 balsas no Rio Madeira e denuncia retomada do garimpo na região

Mesmo após operações do governo federal,  garimpeiros continuam devastando o Rio Madeira, contaminando águas com mercúrio e ameaçando comunidades ribeirinhas; 

Experiente em monitorar remotamente a Amazônia, as imagens deste novo alerta são resultado de um sistema desenvolvido pelo próprio Greenpeace Brasil, que utiliza tecnologia  SAR (Synthethic Aperture Radar),  para monitorar a expansão do garimpo na Amazônia

Fevereiro de 2025 – Cinco meses após o Ibama e a Polícia Federal destruírem mais de 450 balsas de garimpo no Rio Madeira (operação Prensa, de agosto de 2024), o Greenpeace Brasil alerta para a retomada das atividades  garimpeiras após flagrar 130 balsas na região em janeiro.

Por meio de um monitoramento remoto realizado entre 10 e 22 de janeiro, o Greenpeace Brasil registrou 12 alertas distintos no Rio Madeira, na altura entre os municípios de Novo Aripuanã e Humaitá, no Amazonas. Desses, 7 alertas correspondiam a balsas agregadas em operação, enquanto os outros 5 referiam-se a balsas em deslocamento rumo à áreas de garimpo ou ali ancoradas. A organização alerta que o garimpo permanece ativo e descontrolado no Rio Madeira.

As imagens captadas neste recente flagrante são resultado de um novo sistema de monitoramento remoto desenvolvido pelo próprio Greenpeace Brasil, que utiliza imagens do radar SAR via satélite Sentinel 1 e processadas no Google Earth Engine. A tecnologia é especialmente eficaz para áreas com alta cobertura de nuvens, característica da Amazônia.


Imagens de radar SAR (Synthethic Aperture Radar) captadas pelo satélite Sentinel 1. Greenpeace Brasil.

 

Rio Madeira: epidemia histórica de garimpo

O Rio Madeira, um dos principais afluentes do Rio Amazonas, possui 3.315 km de extensão e é uma das ictiofaunas mais ricas do planeta. Suas áreas inundáveis, que ocupam mais de 210.000 km², são essenciais para a manutenção do equilíbrio ambiental e econômico da Amazônia. No entanto, há mais de 40 anos, o Madeira enfrenta uma epidemia de exploração ilegal de ouro, impulsionada por garimpos embarcados que dragam sedimentos de fundo do rio com maquinário pesado, destruindo o leito, contaminando as águas com mercúrio e impactando gravemente as comunidades ribeirinhas.

“A destruição causada pelo garimpo é sustentada por uma cadeia criminosa que opera com total impunidade. É urgente que o governo brasileiro adote políticas integradas que unam tecnologia, fiscalização eficiente e alternativas econômicas sustentáveis para proteger nossos rios e populações”, afirma Jorge Eduardo Dantas, porta-voz da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil.

Negligências ambiental e judicial históricas

O Rio Madeira já foi palco de decisões judiciais importantes contra o garimpo. Em 2021, a Justiça Federal da 1ª Região declarou inconstitucionais diversas licenças ambientais emitidas pelo IPAAM – Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas, por falta de estudos de impacto ambiental e pelo uso indiscriminado de mercúrio. Ainda assim, a exploração continua a ocorrer de forma sistêmica, agravando os danos à biodiversidade e aos modos de vida locais. No mesmo ano, em novembro, o Greenpeace Brasil localizou, em um sobrevoo, centenas de balsas no Rio Madeira em uma região situada entre as cidades de Autazes e Nova Olinda do Norte.

Na Amazônia, 94% do garimpo ocorre em áreas protegidas, como Terras Indígenas e Unidades de Conservação. Esse avanço descontrolado reflete a falta de políticas públicas estruturadas para enfrentar a crise ambiental. Somente com medidas enérgicas e coordenadas será possível proteger o Rio Madeira, um patrimônio natural e cultural de importância global.

Nos últimos anos,  o Greenpeace Brasil vem pedindo às autoridades que se declare a Amazônia uma área livre de garimpo. A organização tem denunciado a devastação e o avanço da atividade ilegal no bioma, especialmente em terras indígenas, além de manter o abaixo-assinado online “Amazônia Livre de Garimpo” (neste link), que já conta com mais de 212 mil assinaturas da sociedade brasileira.

 

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