Governadores do Ceará, Pernambuco e Amapá debatem os desafios da política de ensino médio em tempo integral

O encontro das autoridades aconteceu em São Paulo, na manhã desta quarta-feira (27), durante o seminário: “Perspectiva e fortalecimento da política de Ensino Médio em Tempo Integral nos Estados”

Com a participação dos governadores Camilo Santana, do Ceará, Paulo Câmara, de Pernambuco e Waldez Góes, do Amapá, teve início na manhã desta quarta-feira, dia 27, o Seminário “Perspectiva e fortalecimento da política de Ensino Médio em Tempo  Integral (EMTI) nos Estados”, promovido pelo Conselho Nacional de Secretarias de Educação (Consed), Instituto Natura, Instituto Sonho Grande e Instituto de Corresponsabilidade pela Educação, com apoio do Todos pela Educação. O evento está sendo realizado no Hilton Morumbi, em São Paulo.

A abertura foi feita por David Saad, diretor-presidente do Instituto Natura, e Priscila Cruz, presidente executiva do Todos pela Educação. “Para o ensino médio em tempo integral obter sucesso é preciso que a escola aproveite o tempo em favor de uma educação de qualidade e promova uma formação relevante para a vida dos alunos”, diz Priscila.

Para David Saad, “para garantir o sucesso do programa de educação em tempo integral é preciso oferecer conteúdo de qualidade para que possa engajar alunos, professores e comunidade”.

O estado de Pernambuco é um modelo a ser seguido em termos de Ensino Médio em Tempo Integral. Pioneiro na implantação da política no ano de 2007, o Estado já conta com 57% da rede com previsão de chegar a 70% até o fim de 2022. “Hoje somos referência no Ideb, com uma taxa de abandono de 1,2%. Educação é a base de tudo e o caminho para tornar o país menos desigual, mas, para as políticas educacionais darem resultados, é preciso persistência e perseverança e o sucesso do Ensino Médio em Tempo Integral é resultado desse modelo com envolvimento de toda comunidade escolar”, destaca o governador Paulo Câmara.

Seguindo Pernambuco como exemplo, o estado do Ceará também vem apresentando avanços com este modelo de ensino. O estado já conta com 122 escolas profissionalizantes em tempo integral (35% das escolas de ensino médio do estado) e pretendem chegar a 50%. “O EMTI reflete a importância de o aluno ficar mais tempo na escola, fortalecendo sua aprendizagem em um ambiente escolar atrativo. Valorizamos a educação desde a alfabetização, pois, se o aluno não tem uma alfabetização de qualidade, não conseguirá acompanhar o ensino médio”, destaca Camilo Santana, governador do Ceará.

“Queremos chegar a 50% da rede com o EMTI até o fim do mandato priorizando áreas mais vulneráveis para proteger os jovens da violência e em busca de oportunidades”, comenta Santana.

Na campanha eleitoral de 2014, o então candidato ao governo do Amapá, Waldez Góes começou a acompanhar os avanços do ensino médio de Pernambuco e Ceará. Em seu primeiro mandato, conseguiu implantar a política e atualmente já conta com 12 escolas neste modelo, 8 delas formam a primeira turma em 2019. “Todo o sistema educacional do Amapá está sendo enriquecido com este modelo e estamos conseguindo mobilizar os municípios. Temos os 16 municípios envolvidos. Nosso primeiro desafio foi reconhecer o problema e começar a traçar planos para mudar essa realidade. Começamos com 8 e pretendemos avançar muito em breve para o maior número de escolas possíveis”, destaca o governador Góes.

O tema ainda será debatido ao longo do dia com debates com a presença de secretários de educação dos estados de Amapá, Goiás, Minas Gerais e Sergipe, além da participação do secretário de educação básica do Ministério da Educação, Jânio Endo Macedo.

 

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