Franchising começa 2023 a todo vapor
Setor apresenta resultado positivo e anima empreendedores
O franchising segue em franco crescimento no Brasil. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) apresentou os números do segmento no primeiro trimestre de 2023 e, mais uma vez, eles são extremamente positivos e expressivos.
De acordo com o relatório mostrado, houve um crescimento de 17,2% comparado ao mesmo período do ano anterior. Os dados mostram que o franchising está em plena evolução pós-pandemia.
O primeiro trimestre deste ano, na comparação com o de 2022, registra a melhor marca dos primeiros trimestres em uma série histórica de crescimento.
O setor que apontou o maior crescimento neste início de 2023 foi o de Hotelaria e Turismo, mostrando sua franca recuperação após o período pandêmicos. Houve um aumento de 37,5% em relação ao ano anterior, com faturamento superior a R$2 bilhões.
Em segundo lugar, o segmento que obteve mais sucesso no franchising foi o de Saúde, Beleza e Bem-estar, atingindo crescimento de 27% em comparação ao mesmo período de 2022. Foram mais de 6% de novas unidades chegando ao mercado e um faturamento superior a R$12 bilhões.
Segundo o relatório da ABF, cerca de metade das operações estão localizadas na rua, índice equivalente ao verificado em 2022. Em relação às operações em shopping, houve crescimento de mais de 2%, assim como as operações virtuais.
De acordo com o VP de Consultoria do Grupo 300 Franchising, Lucien Newton, o crescimento do franchising no Brasil vem sendo constante graças ao espírito empreendedor do brasileiro e, também, por verem a oportunidade de garantirem, além da realização do sonho de se tornarem donos do próprio negócio, a credibilidade de uma renda estável dentro de um setor seguro.
Para Lucien, alguns pontos são significativos nos números apresentados pela ABF. O primeiro a se destacar é em relação ao crescimento do segmento de Turismo e Hotelaria. Este crescente acontece porque as pessoas estão querendo “tirar o atraso” dos anos de pandemia e voltar a viajar pelo país e pelo mundo. Em muitos casos, conhecer novos lugares e aproveitar o lazer acabou se tornando uma prioridade para eles, pois foram bastante impactados pelo período de reclusão. Assim, há uma grande demanda e, por isso, as empresas que atuam neste setor voltaram a ter retornos significativos. Além destas, muitas outras chegaram ao mercado e, melhor ainda, estão se expandindo.
Em relação ao segmento de Saúde, Beleza e Bem-Estar, Lucien Newton ressalta que este está sempre no “Top 3” de crescimento no franchising. Além de abranger não somente saúde, mas, também vida saudável, este setor foi outro que obteve retornos significativos por conta do período de pandemia. “As pessoas começaram a se cuidar mais, se alimentarem melhor, se exercitarem com mais frequência e isso impacta no segmento”, afirma.
Dentro deste segmento, vale pontuar a vertente da estética, também. O Brasil está entre os 4 países no mundo que mais consomem cosméticos e produtos relacionados à beleza. Por isso, o autocuidado e a valorização da forma física figuram o topo do ranking. Além disso, com a modernização da sociedade e a quebra de paradigmas e preconceitos, o público masculino também passou a gostar e consumir produtos e serviços estéticos gerando, assim, um crescente na demanda e abrangendo uma maior possibilidade de público.
Novos franqueados
Segundo os dados apresentados pela ABF, cerca de um terço dos novos franqueados são empresários em busca de novas oportunidades.
Houve um aumento significativo de novos empreendedores que são aposentados e buscam no franchising uma opção de seguirem inseridos no mercado e com a oportunidade de uma melhor renda.
Vale ressaltar que, com base na pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizado pelo Sebrae (Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e pela Anegepe (Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas), o franchising não é só um mecanismo de ascensão social, mas, também, uma ferramenta de melhoria da vida e da autoestima de seus atuantes, pois os micro e pequenos negócios são responsáveis por cerca de 85% das vagas de emprego no Brasil.
Lucien Newton ressalta que “o mercado de franquias reúne todos os elementos necessários para apoiar na transformação da economia social, possibilitando um progresso econômico e social, bem como uma mudança de mindset cultural, permitindo uma alteração de atuação de empregados para empreendedores”.
Este modelo de negócio presta um serviço que transcende o mero objetivo econômico, sendo um motor de inclusão social ao permitir, por exemplo, que pessoas de baixa renda ingressem no empreendedorismo, possibilitando progressão de vida econômica e melhores chances de desenvolvimento familiar.
“Transformar vidas, movimentar a economia nacional, reestruturar a autoestima pessoal e conquistar os objetivos. O franchising não é apenas ‘negócios’, ele é uma evolução humana”, encerra.