Fórum Brasil África 2019 aborda Segurança Alimentar: Caminhos para o crescimento econômico

Programação contará com 32 palestrantes e moderados, incluindo Ministros de países da África, representantes da ONU e FAO, além de empresários e especialistas que debaterão em painéis e side events em dois dias de evento

A Segurança Alimentar é um dos principais desafios a serem superados no mundo atualmente. O termo diz respeito à garantia de acesso à alimentação universalmente, e sem restrições. Segundo a ONU, a fome voltou a crescer no mundo. Conflitos, secas e desastres relacionados às mudanças climáticas estão dentre os fatores que contribuíram para esse cenário. Os investimentos em setores estratégicos, como a agricultura, são essenciais para o combate à fome e também para o crescimento econômico.

A temática é o cerne do Fórum Brasil África 2019 – Segurança alimentar: caminho para o crescimento econômico, em 12 e 13 de novembro, no WTC Sheraton. Promovido pelo IBRAF – Instituto Brasil África, presidido pelo Prof. João Bosco Monte, o fórum está em sua 7ª edição, e ao longo desses anos tem fomentado discussões sobre a cooperação entre Brasil e África.

No cenário atual, o Brasil se destaca na agricultura, investindo em diversas tecnologias. Além disso, o país cultiva relações comerciais significativas com muitos países africanos. ”O Brasil mostrou para o mundo que pode produzir alimentos. Se olharmos para 40 anos atrás, o nosso país era um importador de alimentos e hoje é um dos grandes produtores globais de commodities e serviços”, afirma o presidente do Instituto Brasil África (IBRAF), João Bosco Monte.

Durante os dois dias de evento, 32 palestrantes como representantes do governo brasileiro, Ministros de Estado de países africanos, representantes da ONU e FAO, além de empresários e especialistas de organizações dos setores público e privado se revezarão entre painéis e side events (programação completa em https://forumbrazilafrica.com/).

Um amplo debate sobre a Segurança Alimentar

Como forma de compreender todos os tópicos possíveis, o Fórum Brasil África 2019 conta com uma ampla agenda. Começa com ALIMENTANDO O MUNDO: UM CHAMADO PARA AÇÃO. Neste painel, moderado por Caroline Ribeiro (Coordenadora de Comunicação do Fórum Brasil África 2019), será abordado que até 2050, será necessário um aumento de mais de 50% dos alimentos atualmente produzidos para alimentar uma população mundial estimada de quase 10 bilhões. Ao mesmo tempo, quase 80% dos pobres do mundo vivem em áreas rurais e trabalham principalmente na agricultura. Como podemos usar o desafio de alimentar o mundo a zero pobreza? Neste item estão envolvidos Do campo à mesa: investindo em uma boa infraestrutura, Tornar os alimentos acessíveis, nutritivos e saudáveis para todos e Aumentar o número de empregos na agricultura e melhorar as condições de trabalho, tratando assim sobre pobreza, nutrição, treinamento e condições de trabalho.

Na sequência será INCORPORANDO MODELOS INOVADORES DE AGRO-ENERGIA NA PRODUÇÃO E PROCESSAMENTO DE ALIMENTOS. Com moderação de Wandiswa Ntengento (Consultora Independente de Mídia), aqui será tratado como cerca de 30% do uso global de energia pode ser rastreado até o setor de alimentos. Isso inclui a indústria de suprimentos, produção agrícola, processamento, transporte, merchandising e consumo. Como o setor agrícola e alimentício contribui significativamente para o consumo global de energia ao longo de suas cadeias de valor, quais são as práticas comerciais efetivas e as regulamentações governamentais que podem permitir: Plantar as sementes de energia renovável, Usando resíduos Agro para reduzir o consumo de energia e Ferramentas de eficiência energética e armazenamento para aumentar o rendimento dos agricultores.

O último assunto do dia 12 de novembro será AGRICULTURA 4.0 – CULTIVANDO A REVOLUÇÃO VERDE. Isabel Rosa (Jornalista do RTP Africa) fará a moderação do painel que debaterá como as Tecnologias disruptivas da Quarta Revolução Industrial já estão afetando a agricultura. Desde o uso de tecnologias blockchain para rastreabilidade de proteína animal até a aplicação de drones para mapear e semear a terra, essas tecnologias podem aumentar a produtividade do campo e dos agricultores, bem como fornecer produtos mais seguros e frescos para o consumidor final. Esta sessão tem como objetivo mapear como a nova tecnologia pode exponenciar a produção agrícola e discutir prontidão, oportunidades e desafios. Na mesa: A relação simbiótica entre digital, hardware e biotecnologia, Requalificação e melhora das necessidades para implantação para a Agricultura 4.0 e Benefícios centrados no ser humano, englobando, assim, tópicos como Revolução verde, agricultura 4.0, tecnologia, transformação, inovação e treinamento.

Paralelamente, neste mesmo dia o Fórum ainda contará com dois side events, tais como PESQUISA E INOVAÇÃO AGRÍCOLA PARA ÁFRICA (ARIFA). Side event organizado pelo FARA que trará às discussões que no contexto do SSTC, o Brasil oferece uma infinidade de tecnologias agrícolas econômicas e escaláveis (na fazenda e ao longo da cadeia de valor) para países africanos com condições agroecológicas e socioeconômicas semelhantes. Assim, o cenário brasileiro de AR4D e agronegócio é um ponto de vantagem para capacitar os bolsistas da ARIFA com conhecimento sobre técnicas e procedimentos que podem ser replicados, adaptados e dimensionados em seus países de origem. Com a crescente parceria entre a FARA e as instituições brasileiras, como exemplificado pela proposta de hospedagem de 180 bolsistas da ARIFA na UFV em 2019, o AR4D africano testemunhará uma interação mais forte e mais visível com impactos positivos e transformadores à medida que o AfCFTA for implementado. O Fórum Brasil África 2019 representa uma oportunidade única para lançar a parceria FARA-UFV na ARIFA e impulsionar ações relevantes para transferência de conhecimento, parceria e networking.

Já o outro será sobre DESAFIOS PARA O APROFUNDAMENTO DA COOPERAÇÃO ENTRE O BRASIL E OS PAÍSES AFRICANOS, que terá a moderação de Ivan Oliveira, Diretor de Estudos Internacionais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Painelistas: Rodrigo d´Araujo Gabsch, Diretor do Departamento de África do Itamaraty; Embaixador Demétrio Bueno Carvalho, Diretor-Adjunto da Agência Brasileira de Cooperação; Henrique de Azevedo Avila, Superintendência da Área de Indústria, Serviços e Comércio Exterior do BNDES; Fernanda Peixoto, tenente-coronel da Escola Superior de Guerra (ESG/MD).

O programa do primeiro dia ainda contará com um discurso Especial do Afreximbank cujo tema serpa: Aprofundando parcerias econômicas entre o Brasil e a África: visão geral e papel do Afreximbank.

Ao final, será promovido um coquetel para networking entre os presentes.

A agenda do dia seguinte, 13 de novembro, inicia com DEMOCRATIZAÇÃO DO AGRONEGÓCIO: PREENCHENDO O POTENCIAL ENTRE AS DUAS REGIÕES. Moderado por Caroline Ribeiro, Chefe de Comunicação do Fórum Brasil África, nele será abordado que o acesso ao financiamento tem sido uma questão recorrente para as diferentes partes interessadas em toda a cadeia agrícola. Discutindo desde o pequeno agricultor até as perspectivas dos processadores de alimentos, esta sessão tem como objetivo apontar alguns dos mecanismos tradicionais e inovadores de agrofinanças disponíveis, bem como debater as lacunas subjacentes. Os principais pontos desta discussão são:Mitigação de riscos que adequam as estruturas de seguro financeiro, Utilização de finanças verdes para aumentar os rendimentos e Combinação de recursos públicos e privados para aumentar o acesso ao financiamento.

Após esta primeira palestra, um workshop organizado pela GIZ COOPERAÇÃO BRASIL-ALEMANHA PARA A ÁFRICA: CAJU E ALÉM. Neste painel será tratado que há uma longa história de colaboração entre Brasil e África, em particular na Agricultura (Embrapa / ABC / Países Africanos), além de uma história igualmente rica de colaboração entre a Alemanha e a África na agricultura e nas cadeias de valor. Alemanha e Brasil estão trabalhando juntos em Gana para fortalecer o setor de caju no país. Nesse projeto em particular, a razão pela qual o Brasil/Embrapa foi escolhido é bastante evidente: o caju tem sua origem no nordeste do Brasil, o Brasil é uma vitrine para o desenvolvimento desse setor em escala industrial, possui ampla experiência no pedúnculo e nos subprodutos de caju e na agricutlura profisisonal e de tamanho médio. A Alemanha tem uma longa história de apoio à estruturação de cadeias de valor alimentar na África, com a inclusão do setor privado como parte essencial dos projetos. Gana tem um setor emergente de caju muito promissor, com forte foco na pesquisa e na ambição de desenvolver o setor para criar mais receitas para todos os atores da cadeia de valor e para o país como um todo. A junção da experiência desses três países é o que será demonstrado neste painel.

NUTRINDO UM CENÁRIO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DE AGRICULTURA PRODUTIVA, com moderação de Omar Ben Yedder, Editor do Grupo e Diretor Administrativo da IC Publications, será mais um dos assuntos tratados. De 2004 a 2014, as exportações brasileiras para países africanos aumentaram 131%, sendo açúcar, carne bovina, aves e cereais os destaques desses fluxos. O comércio de agricultura entre as duas regiões tem o potencial de liberar oportunidades valiosas para outros setores econômicos e apoiar o crescimento. Como podemos moldar um atraente cenário de comércio e investimento que permita às empresas explorar plenamente essas complementaridades? Na mesa: Desafios e oportunidades para relações comerciais e de investimento mais profundas nos dois lados do Atlântico (frameworks multilaterais e bilaterais), Aumento o fluxo de agritech, agroindústria e agroserviços e Dominando as relações econômicas de longo prazo e o papel do setor privado e da sociedade civil.

Na sequência, em um Side event organizado pelo FIDA, será tratado O PODER DA COOPERAÇÃO SUL-SUL E TRIANGULAR EM GARANTIR A SEGURANÇA ALIMENTAR SUSTENTÁVEL. O side event será uma oportunidade para o FIDA e outras organizações mostrarem experiências e melhores práticas no fornecimento de cooperação na agricultura e no desenvolvimento rural, para melhorar a segurança alimentar através de melhores práticas de colheitas, maior produtividade agrícola, técnicas aprimoradas de irrigação, etc. O evento também ajudará a destacar a importância da cooperação na agricultura proveniente de países de renda média em benefício dos países menos desenvolvidos. Como o público do Fórum não inclui apenas especialistas em agricultura, o evento será uma oportunidade de destacar a importância da agricultura na promoção da segurança alimentar para alcançar o desenvolvimento econômico, que é o tema principal do Fórum Brasil-África deste ano.

O Fórum Brasil África segue com um tema de grande relevância: AGRO B – TRANSFORMANDO OS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA DA FAMÍLIA E A AGRICULTURA NA ÁFRICA: “ESTAMOS MECANIZANDO A AGRICULTURA NA ÁFRICA DE UMA MANEIRA VERDADEIRAMENTE SUSTENTÁVEL”. Em um side event organizado pela BRAZAFRICO Grupo Brazafric (BGC) concentra-se no fornecimento de equipamentos de pré e pós-colheita para o setor de agronegócio africano. Fundada no Quênia em 1996, a empresa agora possui 4 escritórios principais e 3 parcerias estratégicas em sete países da África Oriental. Consulte www.brazafricenterprises.com Com a capacidade de atender a qualquer tamanho agricultor, processador agrícola, importador e exportador de produtos agrícolas, a BGC adquiriu imensa experiência e know-how sobre os numerosos desafios e oportunidades que os setores agrícola e pecuário desempenham no cenário africano.

Priorizando abordagens defendidas pela conservação e agricultura regenerativa – veja LEAF Africa (www.leaf-africa.com) -, o BGC se tornou um ponto de referência para várias cadeias de valor-chave, incluindo, mas não se limitando a; café, arroz e uma mistura de grãos básicos. Com o conhecimento acumulado da equipe e as associações de rede, a BGC está atualmente expandindo sua visão por meio de uma plataforma de agronegócio integrada ‘African-First’, a AGROB.

O AGROB prevê alcançar a cobertura continental dentro de 10 anos, sob o mandato de abordar as deficiências mais importantes que o setor de agronegócios da África enfrenta. O AGROB pretende ser um parceiro único, fornecendo uma interface eficiente entre investidores / recursos e execução / ação. Através do fornecimento de uma plataforma de serviço integrada, podemos enfrentar desafios de qualquer escala; complexidade; proximidade com os usuários finais; treinando agricultores, além de trazer soluções sólidas e eficientes de todos os cantos do mundo. Nossa visão dominante serve para encurtar o período de tempo que a África leva para enfrentar sua auto-suficiência em produção e segurança alimentar no continente e além.

Com 8 cursos de ação e fluxos de receita trabalhando sob o mesmo teto, incluindo o fornecimento de todos os requisitos do agronegócio, procuramos pessoas com o mesmo espírito para investir nesta prestigiada e única oportunidade de negócio.

O último assunto será REPENSANDO O USO DA ÁGUA PARA UMA PROSPERIDADE MELHORADA, com moderação de Naief Haddad, Editor e Repórter da Folha de São Paulo. O uso da água na agricultura é crucial para a segurança alimentar: o setor responde por 70% de todas as retiradas de água no mundo. Devido ao crescimento populacional, à urbanização, à industrialização e às mudanças climáticas, espera-se que a competição por recursos hídricos aumente, com particular pressão sobre a agricultura. Mudanças significativas nas alocações inter-setoriais da água serão necessárias para apoiar o crescimento econômico contínuo. Como podemos assegurar a água doce para fazer a transição para essa nova realidade e apoiar o crescimento econômico contínuo? Na mesa: Simples ou de alta tecnologia, explorando a adaptabilidade das soluções de água para diferentes realidades, Políticas de adaptação e práticas de negócios sobre o melhor uso da água e Transformando realidades através da facilitação do acesso à água.

Para mais informações, acesse: https://forumbrazilafrica.com/

Sobre o Instituto Brasil África

O Instituto Brasil África (IBRAF) é uma entidade privada, sem fins lucrativos, com sede no Brasil e em Gana. O objetivo do IBRAF é garantir uma aproximação sócio-político-cultural entre o Brasil e o continente africano, com foco na promoção do desenvolvimento sustentável, da paz, da cidadania, dos direitos humanos e da democracia. Para atingir seus objetivos, o Instituto realiza estudos, pesquisas, debates e outros projetos com vistas ao desenvolvimento de tecnologias alternativas, produzindo e disseminando informações e conhecimentos técnicos e científicos. O IBRAF facilita um debate aberto entre agentes governamentais, acadêmicos e empresários. O Fórum Brasil África é a principal iniciativa do IBRAF para contribuir em áreas como políticas públicas, promoção da melhoria das práticas empresariais e de ambiente de negócios, fomento de comércio, investimentos e na materialização de oportunidades entre o Brasil e a África por meio de iniciativas de desenvolvimento sustentável.

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