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Fortaleza: metrópole do esquecimento

Por Dr. Vicente – Médico Psiquiatra e Vereador de Fortaleza ( PT )
Fortaleza esquece sua história. As cidades são produtos construídos por anos e anos, onde os diferentes povos que habitam depositam suas memórias e esperanças. Fortaleza não é diferente. Ao andar pelo Centro (histórico), notamos o reflexo do esquecimento. Prédios e pessoas abandonadas.
Esse abandono não é somente encontrado na população sem-teto que habita o centro de Fortaleza, mas em toda a classe desfavorecida financeiramente da nossa sociedade. Pobre é quem mais sofre.

Enquanto países desenvolvidos apresentam índices de tratamento para saúde mental acima de 70%, segundo pesquisa realizada pela ONU, aqueles emergentes apresentam metade dessa porcentagem.

Na última greve realizada pelos profissionais da saúde mental de Fortaleza, foram reivindicados a correção da defasagem salarial e melhores condições de trabalho. Médicos reclamam da periculosidade que é o acesso aos seus respectivos locais de trabalho, assim como o perigo diário que enfrentam em atender pessoas em alto estresse emocional.
Em alguns casos, acontecem revezamentos de salas para os atendimentos. Isso causa insatisfação por parte da população. Os médicos não são culpados, mas são a linha de frente no atendimento.

Ao esquecer de cuidar dos médicos, o poder público esquece do seu objetivo principal: o serviço à população.

Os médicos que atuam no CAPS precisam de mais respeito. Outros médicos concursados da prefeitura têm direito à gratificação, por que esses profissionais não têm ainda? Na Câmara Municipal, tramita um projeto de minha autoria cujo objetivo é criar uma gratificação para esses trabalhadores.

A saúde mental, hoje mais do que nunca, precisa ser foco de políticas públicas efetivas. É notório o adoecimento do brasileiro no cenário pós-pandêmico. A ansiedade está dominando as pessoas.
Este mês, Lula anunciou o investimento total de R$ 339 milhões em 150 novos CAPS pelo Brasil. O projeto visa atender cidades com alta demanda e aquelas que não dispõem de nenhuma unidade do equipamento.

Na linha contrária do Governo Federal, a Prefeitura de Fortaleza parece ainda não perceber a urgente necessidade dos investimentos em saúde mental. Se falarmos na perspectiva recente do Paço Municipal, a perda monetária para o setor privado quando a saúde mental é negligenciada é gigantesca.

Transtornos mentais e comportamentais são a terceira maior causa de incapacidade e afastamento do trabalho. 20% dos colaboradores ativos estão sob forte pressão; 30,67% de pagamento de auxílio-doença corresponde a episódio depressivo; aproximadamente 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem com os efeitos do estresse; 44% dizem ter sofrido de esgotamento mental; 49% já tiveram crises de ansiedade e para compensar, transtornos de ansiedade causam cerca de 79% dos afastamentos do trabalho, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

É necessário que exista, dentro das políticas públicas municipais, ações efetivas para o tratamento mental de toda a população que precisa, ao mesmo tempo que ofereça uma estrutura que comporte a alta demanda.

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