Festival Internacional FEMUSC finaliza 17ª Edição e já prepara as novidades para 2023

O maior festival-escola de música erudita do país também terá – ainda em 2022 – anúncio do projeto on-line que prevê a formação de mais de cinco mil alunos

 

A 17ª edição do Festival Internacional FEMUSC, o principal festival-escola de música erudita do País, termina com saldo de mais de 50 espetáculos apresentados durante 15 dias, entre 16 e 29 de janeiro, em Jaraguá do Sul, Santa Catarina. O evento contou com a participação de mais de cem músicos de diversos estados brasileiros e do exterior respeitando todas as normas para evitar a transmissão da Covid-19. Nessa edição, o FEMUSC homenageou o bicentenário da Independência do Brasil e a Semana da Arte Moderna de 22.

Ainda este ano, o FEMUSC vai apresentar um curso on-line com turmas de Master Classes Instrumental, Boot Camp Violinos e Quartetos com o objetivo de popularizar e democratizar ainda mais o acesso à música clássica no país. As aulas serão disponibilizadas por plataforma digital e a produção do conteúdo das disciplinas ficará sob responsabilidade de grandes nomes da música, aos moldes do que ocorre no formato presencial.

Destaques da 17ª Edição

Como Mozart ouvia

Pela primeira vez em 17 anos do Festival, a Música Antiga ganhou a cena e trouxe alunos e professores do FEMUSC tocando instrumentos de época ou réplicas com afinações de orquestra barroca e orquestra clássica.

O público pode prestigiar as composições eruditas com sonoridades semelhantes que foram concebidas na época de Bach, Vivaldi, José Maurício Nunes Garcia e Mozart.

Uma das maiores cantoras da música brasileira, Jane Duboc fez homenagem à Elza Soares. Foto: Chan
Abre alas para a MPB passar

O Festival também abriu espaço novamente para falar da MPB e comemorar a Semana da Arte Moderna de 22. Ao som de Tom Jobim, Pixinguinha, Luiz Gonzaga, Rita Lee, Chico Buarque, Caetano Veloso, Marisa Monte, Gilberto Gil, Antonio Carlos Jobim, o público pode prestigiar diariamente espetáculos produzidos por professores e alunos de Música Popular Brasileira.

Grandes mestres

Mais do que participar de um dos maiores festivais do País, os alunos tiveram a oportunidade de aprender e se apresentar com profissionais como Jane Duboc, uma das grandes vozes da MPB, a cravista Béatrice Martin, que tocou na abertura da nova Filarmonie de Paris e Fernando Cordella, um dos principais cravistas de sua geração, entre outros.

Reconhecimento

A última noite do FEMUSC contou com o reconhecimento de alunos e professores que se destacaram nessa edição. Entre os participantes, a aluna revelação foi a clarinetista Daiane Keiser Roscoche e o destaque foi o cantor Edinho Vilas Boas. Entre os professores o prêmio para revelação foi para a responsável pela Ópera “As Bodas de Fígaro”, Raquel Winnica Young. Já o pianista e arranjador Marcelo Ghelfi foi considerado o profissional que mais se destacou no evento.

Com a música desde a infância

O Femusckinho, braço infantil do Festival Internacional FEMUSC, contou com 80 alunos entre 6 e 12 anos. Este ano, as crianças tiveram aula de flauta, xilofone, violino, violoncelo, viola, contrabaixo, percussão corporal e coral e empolgaram o púbico nas apresentações no Teatro Scar.  O cantor mirim Gustavo Bardim, vencedor do The Voice Kids 2021, também participou dessa edição. As inscrições para as aulas de 2023 estarão abertas a partir de outubro.

O Femusckinho, braço infantil do Festival Internacional FEMUSC, encantou o público. Foto: Chan
Confira abaixo algumas apresentações e curiosidades do FEMUSC 2022. Todos os espetáculos da série Grandes Concertos já estão disponíveis no Canal do Youtube

Ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart, em 15 dias

A Ópera “As Bodas de Fígaro”, de Mozart, foi apresentada por 58 artistas entre músicos, professores e alunos. Com direção de Raquel Winnica Young, o espetáculo foi ensaiado em apenas quinze dias.  A peça musical contou com a participação da Drag Queen Saturna, vivida pelo artista Gonzalo Lamego, de 21 anos, estudante de canto lírico, que interpretou o papel feminino no 1º e no 2º ato. O cenário foi produzido com materiais recicláveis doados pela indústria e comércio de Jaraguá do Sul (SC).

Jane Duboc homenageia Elza Soares

Uma das maiores cantoras da música brasileira, Jane Duboc fez uma homenagem especial à Elza Soares. No repertório, “Se Acaso Você Chegasse” e “O Morro não tem Vez”, que foram tocadas em meio a projeções de imagens da cantora que faleceu no dia 20 de janeiro.

Nações representadas por suas músicas

O Concerto das Nações homenageou países Latino-Americanos e do Leste Europeu, com a participação de alunos. A apresentação foi composta pelo som do violino, viola barroca, piano, fagote, oboé barroco e harpa, entre outros instrumentos, representando Paraguai, Argentina, Bolívia, Peru, Costa Rica, Bulgária e o Brasil.

Homenagem às mulheres

O Festival apresentou uma homenagem as mulheres com obras inspiradas nos escritos da poetisa mexicana Sor Juana Ines de La Cruz e composições do maestro José Loaysa y Agurto, Andrés Flores, Antonio Durán de la Mota e Rafael Antonio Castellanos. Além de composições da violonista italiana Maddalena Lombardini.

Missa de Santa Cecilia

Um dos destaques da série Grandes Concertos foi a apresentação da obra a “Missa de Santa Cecilia: Kyrie, Gloria, Agnus Dei”, de autoria do padre, maestro, multi-instrumentista e compositor brasileiro José Mauricio Nunes Garcia. A composição contou com a regência do maestro Ricardo Kanji e foi apresentada com instrumentos antigos e acompanhada por quinze vozes de alunos e professores que participaram do festival.

Obra de Dom Pedro

A Noite de Gala promovida pelo Festival Internacional Femusc teve entre os destaques a apresentação da obra musical “Abertura para a Independência do Brasil”, composta por Dom Pedro Primeiro em 1820. O concerto, em homenagem ao bicentenário da Independência, foi tocado com réplicas de instrumentos antigos para que o público conhecesse a mesma sonoridade da época da composição.

18ª edição – 2023

Em 2023, o FEMUSC completa a maioridade e a diretoria do Instituto estuda para a 18ª edição do Festival continuar com os cursos de Música Clássica, Música Popular Brasileira,  Música Antiga, e a Grande Ópera que estavam suspensas ou limitadas em razão da pandemia da Covid-19.

Sobre o FEMUSC

Considerado um dos mais importantes do gênero, o Festival Internacional FEMUSC foi criado em 2006 por iniciativa do músico brasileiro Alex Klein, ganhador do Grammy da música erudita. Sua proposta foi tornar realidade um sonho pessoal: democratizar, popularizar e internacionalizar o aprendizado de música erudita no Brasil, através de um festival pedagógico/profissional.

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