Estudo da SBVC traz radiografia completa do varejo brasileiro 2023

Em sua 10ª edição, estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira” mostra os efeitos das turbulências de 2022 sobre as vendas dos diversos segmentos do comércio nacional

O ano de 2022 foi intenso para o varejo brasileiro. Saindo dos efeitos mais sérios da pandemia e recuperando parte das vendas represadas nos anos anteriores, o setor enfrentou um vento contrário trazido por turbulências políticas e econômicas. Com isso, o crescimento ficou aquém do registrado em anos anteriores, embora continue contribuindo muito para a expansão da economia.

De acordo com o estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira”, realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o chamado Varejo Restrito (varejo de bens de consumo, exceto automóveis e materiais de construção) fechou 2022 com uma expansão nominal de 7,7%, movimentando R$ 2,14 trilhões e representando 21,6% do PIB do país. O Varejo Ampliado (incluindo automóveis e materiais de construção) avançou 8,4% no ano passado, para R$ 2,61 trilhões, e corresponde a 26,4% do PIB.

Mais uma vez, o resultado do varejo foi superior ao do país: o PIB brasileiro teve em 2022 uma expansão de 2,9%, marcando uma desaceleração sobre os 4,6% do ano anterior. Este foi o sexto ano consecutivo de expansão do varejo, que desde 2016 vem superando o desempenho da economia como um todo.

Na avaliação de Eduardo Terra, presidente da SBVC, os números do varejo mostram que a transformação digital do setor vem capacitando as empresas a entender melhor os consumidores e aumentar sua força em um ano desafiador. “As empresas que reforçaram seu relacionamento digital com os consumidores ampliaram suas possibilidades de interação e conhecimento dos clientes. Com isso, têm conseguido aproveitar melhor as oportunidades de mercado e se proteger das turbulências da economia”, analisa.

Um dos aspectos em que a importância do varejo é mais relevante é o volume de empregos gerados pelo setor. A taxa de desemprego medida pelo IBGE recuou para 7,9% em dezembro (o menor patamar desde 2016), impulsionada pelo fortalecimento do varejo, que continua a ser o maior empregador privado do país. “Em 11 dos 12 meses de 2022, o varejo contratou mais do que demitiu, em um sinal claro de expansão dos negócios e da força empreendedora do setor”, afirma Terra. De acordo com o estudo, o varejo emprega 23,26% dos trabalhadores com carteira assinada, ou aproximadamente 9,93 milhões de pessoas. “O varejo é um setor muito resiliente e flexível, que responde rapidamente ao comportamento dos consumidores. Por isso, qualquer movimento de recuperação da economia brasileira aparece rapidamente no desempenho do setor e mostra sua capacidade de inovação”, comenta.

A 10ª edição do estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira” faz uma radiografia completa do setor varejista no País, analisa em detalhes sua participação na economia nacional, a capacidade de geração de empregos, traz números por segmento de atuação, mostra como a macroeconomia influenciou seu desempenho e revela os impactos da Covid-19 sobre o setor no ano passado.

O estudo alinha e estrutura conceitos, definições, classificações, estatísticas e números a respeito do varejo na economia brasileira e mostra em detalhes um retrato do passado recente do setor, com uma análise da situação atual. “É fundamental que o segmento que é o maior empregador privado e gera um grande impacto econômico seja cada vez mais estudado e analisado, para que toda sua cadeia de valor e os diversos órgãos dos poderes Executivo e Legislativo possam conhecê-lo e compreendê-lo mais profundamente”, afirma Eduardo Terra, Presidente da SBVC.

Para o estudo, as principais entidades que representam o varejo nacional contribuíram com a formulação dos conceitos, definições e classificações, trazendo para o estudo seus dados e estatísticas para que, organizados, possam dar um entendimento mais claro e detalhado do papel de cada uma na economia brasileira. Na visão de Eduardo Terra, esse alinhamento de conceitos e definições é fundamental. “Dessa maneira, conseguimos unificar alguns conceitos e estabelecer números mais alinhados e comuns a todo setor”, afirma Eduardo. “Isso traz uma visão mais ampla da força do varejo e de sua importância para a economia brasileira”, acrescenta.

O estudo levou em consideração os números e levantamentos das entidades representativas dos seguintes segmentos: Franchising, Shopping Centers, Hiper e Supermercados, Bares e Restaurantes, E-commerce, Material de Construção, Farmácias e Drogarias, Livrarias, Perfumarias e Pet Shops. O levantamento mostra o cenário atual que caracteriza um novo ciclo para o setor varejista, desafiando empresas a continuar seu processo de expansão, perseguindo simultaneamente mais eficiência e competitividade.

A íntegra do estudo está disponível no site da SBVC: https://sbvc.com.br/10aed-estudo-o-papel-do-varejo-na-economia-brasileira-2023-sbvc/

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