Esquerda, Centro ou Direita – O futuro do Brasil depende do Congresso
O momento é de decisão das definições dos projetos que o povo sabe e quer que sejam executados no Brasil para que haja uma radicalização para melhor, também, na qualidade de vida das nossas famílias. Somente assim, com a escolha de representantes legislativos fiéis aos interesses nacionais, teremos um governo de linha popular e cumpridor das suas obrigações administrativas.
O Brasil, para alcançar o patamar de avanço social que a sua população tanto aguarda depende da formação política do Congresso que deverá ser eleito no próximo pleito. Não adianta, ou pouco terá profunda influência no destino da Nação, o próximo Presidente eleito – seja este de esquerda, direita ou um dirigente de centro – com chances reais de atender às necessidades do povo durante a sua gestão, se a composição majoritária do nosso Poder Legislativo não estiver afinado ou sintonizado com as propostas populares.
Foi com uma linha e formação ideológica surgida e eleita no seio das reivindicações e interesses dos grupos sociais organizados e mobilizados com tal objetivo que os deputados federais e senadores Constituintes criaram e promulgaram a nossa atual Constituição – a Constituição Cidadã – de 1988. Eleita a Assembleia Nacional Constituinte em 15 de novembro de 1986, inclusive com os analfabetos, o processo histórico político brasileiro passou a registrar os momentos mais consagrados da participação popular em todos os tempos.
Os mais velhos ainda guardam as lembranças do que foi o Brasil no decênio de 1980, principalmente a partir da sua segunda metade, quando um intenso movimento popular iniciou a formação de uma gigantesca onda rumo a criação de uma nova Constituição. A primeira decisão foi a Emenda Constitucional número 25 de 1985, no Governo Sarney, uma administração que, sem dúvida, não contrariou o processo de redemocratização nacional. O novo Congresso, majoritariamente sintonizado com o desejo dos movimentos sociais organizados, debateu e decidiu por todos esses direitos democráticos que atualmente o cidadão usufrui.
É isso que está em jogo, ou melhor, em debate nesse período pré-eleitoral de 2022 para que a próxima Legislatura e o novo Governo do Brasil executem realmente o que os brasileiros querem que aconteça a partir da renovação política. Os últimos anos, apesar de um governo eleito sem expressão de base política, no entanto com margem significativa de vantagem de voto com o seu concorrente, nada de concreto aconteceu no País que justificasse o expressivo resultado das urnas.
Uma guinada para a direita, contrariando o governo anterior de ideais esquerdistas, mas que na prática não se caracterizou nenhuma novidade no cenário do sistema social clássico dominante na sociedade brasileira. O “status quo”, quer dizer, o estado atual da nossa sociedade é o mesmo desde quando foi implantado a República. Portanto, devemos rever, nesse pleito que já se ensaia seus trabalhos, o papel do Legislativo nas medidas que mais interessam à maioria da população. Se, em um momento de acidente político e/ou preferência momentânea do eleitor, o chefe da nação venha a ser para mais ou para menos esquerda/direita, que os deputados e senadores rezem na cartilha dos movimentos sociais.
O momento é de decisão das definições dos projetos que o povo sabe e quer que sejam executados no Brasil para que haja uma radicalização para melhor, também, na qualidade de vida das nossas famílias. Somente assim, com a escolha de representantes legislativos fiéis aos interesses nacionais, teremos um governo também de linha popular e cumpridor das suas obrigações administrativas.