Especialista dá dicas de como fazer compras seguras durante a Black Friday

Com o aumento de fraudes digitais, é preciso ficar atento para não cair em armadilhas.

A Black Friday deste ano (25/11) deve movimentar R$ 6 bilhões no comércio eletrônico, com mais de 8 milhões de pedidos online, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). Já uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Google e Instituto Ipsos aponta que 71% dos brasileiros pretende comprar na Black Friday de 2022, um aumento de 16% em relação ao ano passado. E apesar de 60% dos brasileiros já saberem quais itens desejam comprar na data de descontos, a maioria ainda está indecisa sobre em qual loja ou e-commerce deve apostar.

Os dados são animadores para consumidores e comércio, mas também para ataques digitais e golpes online. É nessa hora que o cuidado deve ser redobrado para garantir uma compra segura via internet durante a Black Friday. O monitor Checkpoint Research apontou que, somente no mês de julho, o Brasil teve, em média, um salto de 122% em ataques cibernéticos. Esse número é maior que a média da América Latina, que concentrou um aumento de 62%.

Para evitar esse e outros tipos de fraudes eletrônicas, as empresas estão investindo em segurança cibernética. Esse tipo de ação protege não somente os dados das empresas como os dos clientes, essencial para manter a qualidade nos serviços e a boa reputação do site: quanto mais seguro o e-commerce, mais recomendações positivas, garantindo mais acessos de internautas.

Se por um lado as empresas estão investindo nessa segurança, por outro, os clientes precisam ficar atentos para se proteger. O sócio e diretor executivo da EXA Tecnologia, Alan Morais, alerta para diferentes tipos de golpes, entre eles, o do PIX. “O uso da ferramenta é atrativa para o cliente, já que, com poucos cliques, o pagamento é compensado na hora e a venda celebrada. Mas, infelizmente, fraudar um QR code ou até mesmo utilizar um CNPJ falso tem se tornado um golpe comum. No final das contas, o cliente fica sem o valor pago e sem o produto”, analisa.

Para evitar esse e outros tipos de fraudes online, o especialista dá algumas dicas:

1 – USE APLICATIVOS DE SEGURANÇA QUE CONTENHAM FUNCIONALIDADE ANTI-PHISHING – para ter certeza de que as “ofertas” que chegarem via e-mail ou de outras formas não são de páginas falsas. O chamado phishing, ou pescaria digital, é uma fraude eletrônica muito comum na qual o usuário é direcionado a páginas falsas, em geral simulando as de grandes empresas, nas quais são roubados dados pessoais para, com eles, fazer compras e transferência de valores.

2 – NÃO CLIQUE EM LINKS DESCONHECIDOS: Desconfie de ofertas feitas diretamente no seu WhatsApp ou redes sociais, já que nem o app de conversas, muito menos Facebook, Instagram ou Messenger permitem às empresas mandarem sugestões diretamente ao consumidor oferecendo brindes ou descontos, sem que seja previamente autorizado pelo cliente. Qualquer mensagem promocional “imperdível” nesse formato é, potencialmente, uma ameaça.

3 – CHECAGEM DO CNPJ EM PAGAMENTOS VIA PIX: Se a compra online é com uma loja ou vendedor que você já conhece, e o pagamento será feito por PIX, opte por usar o CNPJ da empresa como chave do destinatário – no site da Receita Federal, é possível checar gratuitamente, aqui, se aquele CNPJ de fato pertence a quem está vendendo o produto.

4 – DESCONFIE DE OFERTAS MUITO TENTADORAS E CHEQUE A REPUTAÇÃO DAS EMPRESAS – Faça uma pesquisa sobre o produto que você quer comprar e duvide de uma tentadora promoção de 70%; além disso, veja o que clientes estão dizendo sobre aquele fornecedor em sites de avaliação do serviço, como ReclameAQUI.

5 – USE SEMPRE SEU PRÓPRIO EQUIPAMENTO: Não compartilhe computadores públicos, celulares de terceiros e nem wi-fis públicos ou abertos para uma compra online. Recomenda-se não usar rede wi-fi pública e nunca fazer transação bancária com senha em conexões que não sejam particulares. Sempre usar computador com antivírus, firewall ativado e navegador e sistema operacional atualizados.

6 – SE RECEBER UM LINK DE OFERTA DIRETO DO VENDEDOR, NUNCA INFORMAR CÓDIGO DE VALIDAÇÃO: Se você se engajou numa transação online, especialmente, fora de lojas oficiais, confiáveis, em algum momento o golpista vai enviar a você um “código de confirmação” para a suposta promoção. Leia o que está escrito naquele código – se for “acessar WhatsApp”, por exemplo, o criminoso se apodera de sua conta no aplicativo.

7 – DESCONFIE DE PROMOÇÕES ABSURDAS: Em primeiro lugar verifique se o site é confiável. Sempre desconfie de SMS e anúncios nas redes sociais que não sejam de páginas oficiais. O consumidor deve checar se a promoção da rede social é verdadeira entrando no site oficial do varejista e buscar o produto anunciado.

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