Especialista comenta exclusão de informações e dados históricos do novo site do MMA
Ontem (19/11), dia em que o Ministério do Meio Ambiente completou 28 anos, foi lançado um novo site oficial do órgão. O novo canal está sem a maior parte das informações, registros e dados históricos que estavam disponíveis há anos na página anterior.
Entre os dados indisponíveis estão os sistemas com o Cadastro Nacional de Unidades de Conservação, atualizado frequentemente por Estados e municípios; 30 livros sobre a biodiversidade; o macrodiagnóstico da zona costeira e marinha; cartilhas referentes ao patrimônio genético; entre outros.
“Existem muitos documentos oficiais relacionados ao gerenciamento costeiro, à diversos projetos e programas de conservação e adaptação às mudanças climáticas, entre outros, que são elementos fundamentais para entender o que temos de informação. E não ter isso no novo site, significa fazer com que a população não entenda o que já existe e o que está sendo feito. Isso cria uma descontinuidade tremenda, jogando no lixo uma série de investimentos feitos na produção de informações nos últimos 20 ou 30 anos. A comunicação é uma ferramenta essencial nos dias atuais. É necessário que os dados sejam transparentes e acessíveis para qualquer pessoa”, afirma o professor do Instituto Oceanográfico da USP e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza, Alexander Turra.
Para comentar a importância de ter esses dados expostos e de livre acesso à população, o especialista está à disposição da imprensa.
ALEXANDER TURRA é membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN), professor titular do Instituto Oceanográfico da USP e responsável pela Cátedra UNESCO para Sustentabilidade do Oceano.
Informações para a imprensa
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Sobre a Rede de Especialistas
A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) reúne cerca de 80 profissionais de todas as regiões do Brasil e alguns do exterior que trazem ao trabalho que desenvolvem a importância da conservação da natureza e da proteção da biodiversidade. São juristas, urbanistas, biólogos, engenheiros, ambientalistas, cientistas, professores universitários – de referência nacional e internacional – que se voluntariaram para serem porta-vozes da natureza, dando entrevistas, trazendo novas perspectivas, gerando conteúdo e enriquecendo informações de reportagens das mais diversas editorias. Criada em 2014, a Rede é uma iniciativa da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. Os pronunciamentos e artigos dos membros da Rede refletem exclusivamente a opinião dos respectivos autores. Acesse o Guia de Fontes em www.fundacaogrupoboticario.
