Personalize as preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudá-lo a navegar com eficiência e executar determinadas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies em cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies categorizados como “Necessários” são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para ativar as funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Necessary cookies are required to enable the basic features of this site, such as providing secure log-in or adjusting your consent preferences. These cookies do not store any personally identifiable data.

Não há cookies para exibir.

Functional cookies help perform certain functionalities like sharing the content of the website on social media platforms, collecting feedback, and other third-party features.

Não há cookies para exibir.

Analytical cookies are used to understand how visitors interact with the website. These cookies help provide information on metrics such as the number of visitors, bounce rate, traffic source, etc.

Não há cookies para exibir.

Performance cookies are used to understand and analyze the key performance indexes of the website which helps in delivering a better user experience for the visitors.

Não há cookies para exibir.

Advertisement cookies are used to provide visitors with customized advertisements based on the pages you visited previously and to analyze the effectiveness of the ad campaigns.

Não há cookies para exibir.

Ensino técnico no Brasil ainda foge da realidade do mercado

Oportunidades de qualificação profissional pública e privada ultrapassam os 30 milhões, mas focam em setores com pouca empregabilidade

 

O ensino técnico, que já foi discriminado frente à graduação, se tornou a salvação para muitas empresas, que têm dado cada vez mais valor a profissionais com essa formação. O estudo “Inclusão produtiva de jovens com Ensino Médio e Técnico: experiências de quem contrata” mostra que mais de 60% das companhias possuem ao menos um gestor que foi contratado, inicialmente, com esse grau de escolaridade. Esse avanço, porém, ainda esbarra na dificuldade em encontrar mão de obra capacitada para as reais demandas de mercado.

A avaliação é do professor Francisco Borges, mestre em Políticas Públicas do Ensino e consultor da Fundação FAT. “Alinhar essas expectativas é crucial para reduzir o desemprego, que hoje atinge cerca de 12 milhões de brasileiros. O desafio hoje é a busca pela excelência da capacitação, aquém do necessário na maior parte dos casos”, diz.

De acordo com ele, atualmente, existem mais de 19 milhões de vagas de cursos de graduação técnica presenciais e mais de 13 milhões de vagas para cursos EaD. Ou seja, não se trata de um problema de quantidade de vagas e sim para quais setores elas são ofertadas. “Às vezes, as políticas educacionais priorizam cursos descolados da realidade do mercado”, afirma.

Ele destaca que existem nas Instituições de Ensino Superior públicas cursos que sequer conseguem ocupar suas vagas por serem de baixa capacidade de empregabilidade. Não é diferente nas instituições privadas, que também precisam conhecer mais o mercado, entender as demandas dos setores produtivos e se preparar para garantir aos alunos um acesso a posições de aproveitamento real do saber e do fazer.

Sem profissionais com formação adequada às demandas da economia, as empresas têm se encarregado de educar a mão de obra. Isso porque a profissionalização técnica se tornou um diferencial até mesmo em setores que, historicamente, não exigiam formação, caso da hospedagem. Hoje, prestadores de serviços criam os próprios cursos para preparar e auxiliar os profissionais a serem contratados, seja para empregos fixos ou trabalhos freelancer.

Exemplo dessa movimentação pode ser observado na Closeer, plataforma que conecta profissionais e empresas com vagas em aberto, especialmente nas áreas de hotelaria e foodservice. Por demanda das empresas parceiras, a startup criou um espaço chamado EduCloseer, onde os profissionais cadastrados são treinados para as funções em alta.

Para Walter Vieira, CEO da Closeer, o método conhecido como microlearning democratiza as oportunidades. “A ideia é que esses profissionais possam se capacitar para acompanhar as áreas com maiores demandas. Todo esse ecossistema vem, de fato, favorecer o profissional e o mercado”, afirma.

Desta forma, todos saem ganhando. Porque diferentemente do que o preconceito faz supor, curso técnico também promove competências socioemocionais. Estudo da Escola de Economia da FGV-SP mostra que o ensino profissionalizante pode, embora não seja seu sentido primordial, desenvolver habilidades não vinculadas a ocupações específicas, caso da empatia, tolerância ao estresse e criatividade. Todos atributos indispensáveis para carreiras futuras, em um mercado em constante transformação.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.