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Encontro com o ditador estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, dia 02 de janeiro

Com distribuição nacional da Pandora Filmes, o representante do Camboja ao Oscar de 2025 traz uma sombria história real

Novo longa-metragem do cineasta cambojano Rithy Panh, ENCONTRO COM O DITADOR, traz uma abordagem impactante e visceral sobre um dos períodos mais sombrios da história recente: o regime do Khmer Vermelho no Camboja, liderado pelo infame ditador Pol Pot. Distribuído pela Pandora Filmes, o longa estreia nesta quinta-feira nas seguintes praças: Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, São José dos Campos e São Paulo.

Escolhido para representar o Camboja no Oscar de 2025, o diretor foi indicado em 2014 por “A Imagem que Falta”. Rithy Panh dedicou sua vida a contar a história de seu país, abordando, em cada um de seus filmes, diferentes aspectos do Camboja e de sua complexa trajetória. Além da indicação ao Oscar, Pahn recebeu o prêmio de Un Certain Regard em Cannes por “A Imagem que Falta” e, há dois anos, o Urso de Ouro de melhor contribuição artística por “Everything will be ok”.

Em ENCONTRO COM O DITADOR o diretor mergulha nas profundezas da tragédia humana e apresenta um retrato íntimo e perturbador dos horrores vividos pela população cambojana entre 1975 e 1979, quando cerca de 1,7 milhão de pessoas foram exterminadas em um genocídio implacável. Baseado em uma história real, o filme acompanha três jornalistas franceses convidados a viajar para o Camboja em 1977 para um encontro com Pol Pot, o responsável por orquestrar um dos maiores crimes contra a humanidade do século XX.

O país parece em ordem, mas, por trás da Aldeia Potemkin, o regime do Khmer Vermelho está em declínio e a guerra com o Vietnam ameaça invadir o país. O regime procura culpados, realizando secretamente um genocídio em grande escala. Sob os olhos dos jornalistas, a bela imagem se esvai, revelando um grande horror e transformando sua jornada progressivamente em um pesadelo.

O filme estreou no Festival de Cannes 2024, onde recebeu uma ótima repercussão, destacando-se pela forma como explora a psique humana. Em vez de apenas rememorar fatos trágicos, o longa mergulha nas reações emocionais e psicológicas dos jornalistas, expondo a complexidade de conviver com a culpa, a negação e a barbárie. O filme é livremente inspirado no relato da jornalista Elizabeth Becker no livro “When The War Was Over”.

O que torna ENCONTRO COM O DITADOR uma experiência cinematográfica tão poderosa não é apenas o seu conteúdo histórico, mas a forma como o diretor consegue explorar a psique humana. Ao invés de apenas rememorar os fatos trágicos, o filme mergulha nas reações emocionais e psicológicas dos jornalistas, ao tentar entender não só o regime de Pol Pot, mas o próprio processo de convivência com a culpa, a negação e a barbárie.

A fotografia do filme contribui significativamente para a imersão do público na narrativa. As paisagens áridas e devastadas do Camboja servem como um reflexo visual do vazio deixado pelo genocídio, criando um contraste poderoso com os diálogos tensos entre os personagens. Cada cena é carregada de simbolismo, e a direção de arte utiliza os cenários para lembrar constantemente os espectadores das cicatrizes profundas deixadas pela guerra e pela violência.

O roteiro de ENCONTRO COM O DITADOR é uma obra de sensibilidade e profundidade, onde a moralidade não é simples e os sentimentos de justiça e vingança se entrelaçam com o medo e a curiosidade. A obra revela não apenas o quanto a tragédia cambojana impactou o país, mas também coloca os espectadores em uma posição desconfortável: como reagir diante de uma figura como Pol Pot, que não se arrepende de suas ações? É uma reflexão sobre o mal, a responsabilidade e a dificuldade de lidar com a história de um modo que não seja puramente punitivo.

O longa não oferece soluções fáceis ou respostas definitivas. Ao invés disso, o filme convida a refletir sobre a natureza do poder, da memória e da justiça. Ao explorar a face de um dos maiores monstros do século XX, a produção encara o mal em sua forma mais pura, sem aditivos ou ilusões. Mais do que uma história sobre o passado, é um lembrete urgente de que a luta contra as atrocidades não é apenas um desafio do passado, mas uma responsabilidade contínua, que deve ser lembrada para que não se repita.

Com distribuição da Pandora Filmes, ENCONTRO COM O DITADOR estreia nesta quinta-feira, dia 2 de janeiro, nos cinemas brasileiros.

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