Empreendedorismo paralelo: será que vale a pena?

Empreender enquanto se está empregado é cada vez mais comum quem tem acima de 50 anos

A solução encontrada por muitos brasileiros tem sido empreender e continuar empregado, como aponta estudo do Sebrae. A ideia é interessante, desde que o empreendedor faça um plano de negócios aprofundado, estudando o mercado, o consumidor e toda a concorrência

O empreendedorismo paralelo ganhou força no mercado brasileiro no último ano. Com a promessa de associar qualidade de vida e satisfação profissional, a prática de abrir um negócio e continuar empregado é um dos principais destaques apontados pelo Caderno de Tendências 2018/2019, divulgado pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

A ideia pode ser boa, sobretudo no estágio inicial de uma empresa. “Essa cautela em relação a empreender hoje no Brasil é explicada pelo atual cenário econômico, afinal o medo de se trocar o que parece certo, que é o emprego, pelo risco de um negócio novo, com os números atuais de desemprego e a recessão, faz total sentido”, explica Maurício Turra, consultor de negócios e empreendedorismo da NEXTT 49+, que criou a NEXTT 49+ junto com os sócios Ismael Rocha e Luiz Fernando D. Garcia.

Então, como fazer para realizar o sonho de ser o dono do próprio negócio e, ainda, manter um emprego formal com carteira assinada? Turra explica que é fundamental que o futuro empreendedor faça um planejamento prévio, garantindo a sustentabilidade da operação, sobretudo no seu estágio inicial, quando o futuro é mais incerto em relação à aceitação de produtos e serviços do novo empreendimento.

Vale observar os dados do Sebrae mostrando que um terço das novas empresas abertas no País fecha em até dois anos. E mais: das empresas que ultrapassam os dois primeiros anos, apenas 40% delas conseguem se manter no mercado, após cinco anos.

“Sem dúvida, empreender traz consigo uma taxa de risco”, explica Turra. “Por isso, é importante investir em mentoria e cursos antes de se lançar em um negócio próprio. Em média, o investimento com o planejamento fica em torno de 5% do valor total do negócio, mas pode reduzir em muito o risco de insucesso”, indica Turra.

O consultor explica que é muito importante definir os custos da operação, sem esquecer de nada. “E, antes de se lançar em um empreendimento, tudo tem de ser colocado na calculadora. Por exemplo: se for montar uma loja, pensar sempre no aluguel do ponto, contratação de pessoal, compra de equipamentos, estoque etc.”, completa.

A etapa pré-abertura é a decisiva, sempre, pois é a fase primordial de qualquer negócio. E o consultor afirma que também é preciso ter uma reserva financeira que garanta, simultaneamente, os gastos pessoais (caso o emprego não o faça integralmente) e, pelo menos, de doze a dezoito meses iniciais da operação, garantindo os custos básicos e o fluxo de caixa necessários para manter a operação, dentro do pior cenário. “Se a lição de casa for bem-feita, antes de abrir as portas, o risco será minimizado”, comenta.

E além do plano de negócios e do planejamento financeiro, é preciso pensar em como será realizada a gestão à distância, quando não se está no local da empresa, no momento de sua operação. É fundamental contar com alguém competente e de confiança. “Atuar em duas frentes distintas, sendo que o horário comercial é apenas um, requer habilidade. É fundamental que cada uma das operações não afete a dedicação profissional esperada”, explica o consultor.

Por fim, o especialista lembra que, após o período inicial, chegará a hora em que o empreendedor terá de se dedicar exclusivamente ao seu negócio próprio. “O ideal é se estabelecer uma meta para deixar o emprego atual, pois chegará uma hora em que a empresa exigirá muita dedicação”, diz.

Sobre a NEXTT 49+: primeiro hub de inovação do Brasil voltado para o público acima de 49 anos. Localizado na Vila Mariana, em São Paulo (SP), na Rua Capitão Cavalcanti, 38, o hub fica em um casarão tombado do início dos anos 1930, e conta com todo suporte e estrutura para o sucesso de negócios de empresários seniores. A iniciativa pioneira conta com metodologia própria, desenhada para gerar valor e oportunidades para startups que tem por trás pessoas maduras. O propósito é solucionar os principais dilemas dos empreendedores nessa faixa etária, oferecendo mentoria, incubadora, consultoria, coaching e educação. Todos os serviços são integrados em um ambiente desenhado para o networking e a conectividade. Por trás da NEXTT 49+ estão Luiz Fernando Dabul Garcia, Ismael Rocha e Mauricio Turra Ponte, trio que tem em comum a direção em uma das mais renomadas instituições de ensino do País na área de negócios, propaganda e marketing.

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