Em setembro, safra de grãos é 42,48% maior que a safra de 2019, no Ceará

Em setembro, a produção esperada de grãos é de 804.444 toneladas, crescendo 1,73%, comparando-se ao mês anterior (790.747 t), o que significa crescimento de 73,87%, em relação ao primeiro prognóstico efetuado em janeiro/2020 (462.673 t) e de 42,48%, em relação à safra de grãos efetivamente obtida em 2019 (564.616 t).

Os dados são do nono Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA de 2020, divulgado hoje (8) pelo IBGE.

No grupo de Cereais, Leguminosas e Oleaginosas, composto por 16 produtos, 9 produtos apresentaram variação na expectativa de produção, comparando-se ao mês anterior, sendo 6 variações positivas e 3 variações negativas.

Os produtos que variaram positivamente foram: fava, feijão-de-corda 2ª safra, milho sequeiro, trigo em grão irrigado, algodão herbáceo sequeiro e amendoim. Os produtos que variaram negativamente foram: arroz de sequeiro, arroz irrigado e feijão-de-corda 1ª safra. O trigo em grão irrigado e amendoim apresentaram crescimento na área e na expectativa de rendimento.

O Ranking das 10 maiores expectativas de produção de milho grão no Ceará, acima de 13 mil toneladas, abrange os municípios de Mauriti, Crateús, Tamboril, Tauá, Assaré, Santa Quitéria, Mombaça, Iguatu, Novo Oriente e Boa Viagem.

O Ranking das 10 maiores expectativas de produção de Feijão fradinho 1ª safra de sequeiro no Ceará, acima de 2 mil toneladas, abrange os municípios de Santa Quitéria, Tamboril, Canindé, Ocara, Acopiara, Boa Viagem, Morada Nova, Tauá, Parambu e Mombaça.

Frutas frescas

A produção esperada de frutas frescas é de 1.021.564 toneladas, crescendo 3,45% em relação ao mês anterior (987.497 toneladas t), 16,46%, em relação ao primeiro prognóstico efetuado em janeiro/2020 (877.162 t) e, comparando-se à safra de frutas efetivamente obtida em 2019 (928.582 t), houve aumento de 10,03%.

Nesse grupo, composto de 31 produtos, constatou-se que 21 produtos apresentam variação na expectativa de produção, em relação ao mês anterior, sendo 18 positivas e 3 negativas.

Os produtos que apresentaram variação positiva, em relação ao mês anterior foram: abacate de sequeiro, acerola irrigada, banana irrigada, caju (mesa), goiaba irrigada, graviola de sequeiro, graviola irrigada, laranja de sequeiro, limão de sequeiro, limão irrigado, mamão de sequeiro, mamão irrigado, manga irrigada, maracujá irrigado, melancia de sequeiro, melancia irrigada, melão irrigado e pitaya.

Os produtos que apresentaram variação negativa, em relação ao mês anterior foram: abacate irrigado, banana de sequeiro, manga de sequeiro.

A pitaya este ano foi incluída no LSPA. A pitaya ou pitaia, originalmente cultivada em regiões áridas, possui valor de mercado elevado, se comparada a outras variedades de frutas. É um fruto “de espécie variada de cactos epífitos que é conhecido, principalmente nos Estados Unidos, como ‘fruta dragão’ por conta do seu exterior escamado. Nativa da América Central e do México, a fruta pitaya vem sendo cultivada em Israel, na China e aqui no Brasil (mais comum na região Nordeste). Por só ser cultivada à noite, ela está no grupo de “flor da noite”.

O espaçamento da pitaia varia bastante. Os mais utilizados são: 3m x 3m; 2,5m x 2,5m. Em levantamento no mês de setembro, foram identificados cultivos em 5 municípios cearenses com área a partir de 1 ha: Reriutaba, Aquiraz, Limoeiro do Norte, Quixeré, Russas e Jati, totalizando 103 hectares, sendo 38 em formação e 65 em produção. A expectativa de produção é de 1.360 toneladas, significando expectativa de 20.923 kg/ha. O preço varia de 5.000/t a 12.000, com preço médio ponderado de R$5.102,94/t.

Castanha de caju

A Castanha de caju (Anão) apresentou aumento na expectativa de produção, em relação ao mês anterior, devido ao crescimento da área, pois, em Araripe, novos plantios passaram a produzir este ano. No entanto, a Castanha de caju (Comum) apresentou redução na expectativa de produção em relação ao mês anterior devido à redução na expectativa de rendimento em Senador Sá, uma vez que os cajueiros são antigos e já não produzem como anteriormente informado.

Como resultado, a expectativa de produção de Castanha de caju (total) para 2020 decresceu para 95.520 toneladas, sendo 0,04% menor que a expectativa de agosto (95.558 t). Porém, é 35,34% maior que a previsão realizada janeiro de 2020 (70.576 t) e 8,97%, comparando-se à safra obtida em 2019 (87.659 t).