Dubai, entre café e chai
A exportação do café brasileiro para os países árabes cresceu 39% no primeiro trimestre do ano, em comparação ao mesmo período do ano passado, totalizando 429 mil sacas de 60 quilos de café exportadas. Os dados, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), sinalizam uma nova fase na relação entre os dois mercados.
O café é parte estratégica da agenda comercial do escritório brasileiro da Dubai Chamber (Câmara de Comércio e Indústria de Dubai), que funciona desde 2017 em São Paulo. João Paulo Paixão, chefe do escritório, já acompanhou empresas de Dubai em visita a 40 indústrias e fazendas, em 9 cidades de Minas Gerais e outros estados.
Em fevereiro desde ano, o Centro de Multi Commodities de Dubai (DMCC, na sigla em inglês) – uma zona franca que já abriga o maior centro de distribuição de chá do mundo, detendo 60% do total comercializado – lançou um Centro de Café com infraestrutura de ponta, em mais de 2,5 mil metros.
Projetado para processar até 20 mil toneladas de café verde por ano – com um valor comercial anual estimado em cerca de US$ 100 milhões – o espaço foi criado para atrair empresas a se instalarem e distribuírem café para a região, oferecendo suporte logístico e serviços econômicos que conectam os produtores aos compradores, da safra à xícara. Áreas para armazenagem, limpeza de café verde, torrefação e embalagem, bem como ofertas mais especializadas para reensacar café verde, avaliação de amostras, treinamentos, laboratório de qualidade, além de escritórios comerciais fazem parte das facilidades oferecidas.