Documentário sobre a força do carnaval carioca estreia no Canal Brasil

Dirigido por Miguel Przewodowski, “Não Vamos Sucumbir” passa pela suspensão dos desfiles durante a pandemia de Covid-19 e a retomada dos trabalhos em 2022, reforçando a potência histórica deste patrimônio cultural

Cenas de “Não Vamos Sucumbir”, que relembram as participações das cantoras Elza Soares, na Mocidade Independente de Padre Miguel, e Alcione, na Mangueira, no Carnaval de 2020. Fotos: Divulgação

Nesta quinta-feira, 5 de dezembro, às 21h, estreia no Canal Brasil o documentário “Não Vamos Sucumbir”, do cineasta Miguel Przewodowski. O filme tem como ponto de partida a suspensão do Carnaval em decorrência da pandemia de Covid-19, em 2020, a volta dos trabalhos em 2022 e revela os bastidores e a resistência das escolas de samba. O longa-metragem também faz um apanhado histórico do surgimento das escolas de samba, mostrando sua força e impactos cultural e político.

A narrativa é conduzida pela pesquisa de Antônio Vieira, que apresenta imagens históricas de arquivos públicos e particulares, além de entrevistas inéditas com os carnavalescos Leandro Vieira, Jack Vasconcelos e Rosa Magalhães (1947-2024), com a passista Ketula Mello e o escritor Luiz Antônio Simas.

A ideia inicial da produção do documentário era mostrar os bastidores do carnaval e as apresentações de 2021, mas o desfile da escola de samba da Mangueira, em 2019, foi uma virada de chave para o diretor Miguel Przewodowski. Com o enredo “História para ninar gente grande”, apresentado pelo carnavalesco Leandro Vieira, o desfile exaltou personagens esquecidos ou que são pouco mencionados na história do Brasil em um momento de tensões políticas e de ameaças à arte no país.

Não Vamos Sucumbir (2023) (92′) – Inédito

Horário: Quinta, dia 5/12, às 21h

Direção: Miguel Przewodowski

Classificação: Livre

Sinopse: O filme revela os bastidores e a resistência das escolas de samba, destacando o caráter político intrínseco ao carnaval. A produção acompanha a preparação para o carnaval de 2020, passando pelo período de suspensão dos desfiles em 2021, devido à pandemia, até a retomada em 2022. Além de documentar esses momentos, o filme faz um inventário histórico desde o surgimento das escolas de samba até os dias atuais, ressaltando a força cultural e o impacto sociopolítico desse evento considerado o maior show do planeta. Com uma pesquisa meticulosa conduzida por Antônio Vieira, o documentário traz imagens de arquivo e dezenas de entrevistas inéditas, incluindo uma conversa com a carnavalesca Rosa Magalhães (1947-2024). O filme mescla registros de bastidores com depoimentos que reforçam o papel transformador do carnaval na sociedade brasileira. Filmado nos barracões entre 2020 e 2021, o documentário também apresenta o minucioso resgate de imagens históricas de arquivos públicos e particulares, evidenciando a relevância desse patrimônio cultural.

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