O Dia Mundial da Água surgiu como esforço da comunidade internacional para colocar em evidência questões essenciais que envolvem o gerenciamento responsável dos recursos hídricos no planeta. Instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 22 de março de 1992, durante a Eco-92, a data lembra a importância da água limpa e potável como direito humano fundamental. O tema escolhido para este ano é “Águas subterrâneas: Tornando o invisível visível“, lembrando a importância da água no interior do solo, o que garante o abastecimento para sistemas de saneamento, agricultura, indústria e ecossistemas.
Para lembrar a data, o tema pode ser abordado em reportagens e entrevistas em diferentes ângulos, começando pelos desafios para garantir a segurança hídrica nas grandes metrópoles, com olhar especial para alguns territórios onde experiências inovadoras já são desenvolvidas, chegando também a temas menos comentados nesta data, mas igualmente importantes, como a importância do oceano e da biodiversidade marinha para a vida no planeta. Afinal, cerca de 97% da água disponível no planeta está no oceano.
Bacia do Miringuava e Baía de Guanabara
A segurança hídrica é um dos eixos fundamentais do movimento Viva Água, uma articulação entre empresas, organizações da sociedade civil e representantes do poder público que está presente em dois importantes territórios brasileiros: a bacia do Rio Miringuava, na região metropolitana de Curitiba (PR), e a região hidrográfica da Baía de Guanabara, que engloba 17 municípios do Rio de Janeiro. A partir de iniciativas de conservação da natureza e de empreendedorismo sustentável, o movimento promove ações que contemplam a recuperação da vegetação nas margens dos rios, a capacitação de produtores rurais em modelos de agricultura mais sustentável e o incentivo a atividades econômicas de impacto socioambiental positivo, como o turismo rural. Assim, contribui com a segurança hídrica e com a adaptação às mudanças climáticas.
Temas gerais que podem ser abordados no Dia Mundial da Água:
● Gestão de recursos hídricos e de águas urbanas
● Disponibilidade e sustentabilidade hídrica
● Gestão de recursos hídricos e mudanças climáticas
● Novo marco legal do saneamento básico
● Políticas públicas para prevenção a inundações urbanas
● Cidades Baseadas na Natureza, com foco na segurança hídrica
● Lençóis freáticos, aquíferos e recarga hídrica
● Serviços ecossistêmicos do Oceano
● Desenvolvimento sustentável e economia azul
● Conflitos entre atividades humanas e a conservação da biodiversidade marinha
● Políticas públicas e educação ambiental
Sobre as regiões hidrográficas do Miringuava (PR) e da Baía de Guanabara (RJ):
● Segurança hídrica
● Infraestrutura Verde e Soluções Baseadas na Natureza
● Reflorestamento e Restauração Ecológica
● Adaptação às mudanças climáticas
● Práticas agrícolas sustentáveis e a segurança hídrica
● Responsabilidade social e investimento social privado
Sugestões de Fontes:
● ALEXANDER TURRA: Professor titular do Instituto Oceanográfico da USP e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).
● ANDRÉ FERRETTI: Gerente sênior de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza; mestre em Ciências Florestais, conselheiro da Plataforma Empresas pelo Clima (GVces) e membro da RECN.
●CARLOS TUCCI: Professor aposentado do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; PhD em Recursos Hídricos e membro da RECN.
●CECILIA POLACOW HERZOG: Paisagista urbana; professora e pesquisadora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio); perita e consultora em Soluções baseadas na Natureza; presidente da Sociedade para Ecologia Urbana e membro da RECN.
● RONALDO CHRISTOFOLETTI: Professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), membro do Grupo Assessor de Comunicação para a Década do Oceano da UNESCO e membro da RECN.
●GUILHERME KARAM: Gerente de Economia da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário; biólogo e mestre em Espaços Naturais Protegidos pela Universidad Autónoma de Madrid (Espanha).
● CARLOS HUGO ROCHA: Professor adjunto da Universidade Estadual de Ponta Grossa, engenheiro agrônomo, PhD em Gestão de Recursos Naturais e membro da RECN.