Custos de produção para as micro e pequenas indústrias têm grande melhora em comparação com dados de julho/ agosto

O Índice de Custos, que varia de 0 a 200 pontos, melhorou passando de 81 para 110 pontos. Na avaliação regional, o cenário mais negativo é no Sul com 97 pontos.

O Índice de custos de produção das micro e pequenas indústrias (MPI’s), que integra a terceira pesquisa nacional realizada pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (SIMPI), revela que houve uma redução com os gastos com produção nos meses de setembro e outubro, atingindo 45% da categoria. Considerando a pesquisa anterior apurada entre os meses de julho e agosto (59%), os custos de produção registraram uma grande melhora nos resultados, passando de 81 para 110 pontos.

Preço de insumos e matéria prima estão entre os principais motivos

Grande parte do aumento registrado nos custos de produção ainda diz respeito aos gastos com insumos e matéria prima (33%), seguidos de mão de obra e salários (7%) e transporte e logística (4%).

Problemas com relação à obtenção de insumos e matéria prima seguem sendo a maior dificuldade, na percepção das micro e pequenas indústrias, resultando na quebra da cadeia produtiva. Para 27% delas, a escassez de matéria-prima e insumos nos fornecedores é o pior entrave, seguido de atrasos na entrega (28%) e queda na qualidade (25%).

Nível de Inadimplência

Outro entrave para as micro e pequenas indústrias revelado pela pesquisa tem sido a inadimplência. Se na pesquisa de julho e agosto o índice de MPI`s que sofreu calote foi de 28%, em setembro e outubro o índice é de 40%, um aumento de 12%. Dos 40% que sofreu inadimplência, 21% de até 15% do faturamento, 13% de mais de 15% a 30% do faturamento e 7% de mais de 30% do faturamento.

Faturamento e Margem de Lucro

Em relação ao faturamento obtido, 46% dos dirigentes estão satisfeitos e consideram esse fator ótimo ou bom na pesquisa de setembro/outubro, 34% como regular e 19% como ruim ou péssimo. Regionalmente, o Centro-Oeste/Norte tem a melhor avaliação com 51%, seguido do Sul com 50%, Sudeste com 44% e Nordeste com 38%.

Em patamar similar, a margem de lucro aparece com 43% dos entrevistados classificando como ótimo ou bom, 37% como regular e 19% como ruim ou péssimo. Analisando por tamanho, as pequenas apresentam 59% dos empresários classificando a margem de lucro como ótima ou boa, e apenas 11% como péssima ou ruim. A condição não é a mesma nas micro indústrias, 20% apontam margem de lucro péssima e 41% como ótima.

Para o presidente do Simpi, Joseph Couri, há um descolamento entre a percepção e a realidade atual. “Há um descasamento entre o estado de espírito e a realidade. Existe uma injeção de recursos do Auxílio Brasil que vai direto para consumo, mas, quando se olha o resultado líquido da operação, os juros estão comendo um pedaço”, alerta.

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