Coronavírus – queda na expectativa do IPCA indica receio do consumidor

“Parece que os consumidores brasileiros têm muito juízo, ao contrário do que falam. Essa taxa de inflação é inacreditavelmente baixa para o nosso padrão”

 

O consumo consciente vem se mostrando cada vez mais inserido no cotidiano dos brasileiros em meio à crise do novo coronavírus (covid-19). De acordo com dados divulgados nesta quinta-feira, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores para os próximos 12 meses aponta que a média esperada recuou 0,3 ponto porcentual no mês de julho, caminhando para um IPCA equivalente a 4,5%. Em comparação com o mesmo período de 2019, houve uma redução de 0,8 ponto. Dentre aqueles que participaram da pesquisa, diferentes faixas de renda afirmaram ter uma previsão de redução no consumo, principalmente a classe menos favorecida.

         Pedro Paulo Silveira, Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, aponta que a expectativa para o futuro se mantém declinante, e que as pessoas acreditam que o nível de atividade está tão fraco que não há espaço para a inflação subir. “Parece que os consumidores brasileiros têm muito juízo, ao contrário do que falam. Essa taxa de inflação é inacreditavelmente baixa para o nosso padrão. O consumidor brasileiro fica muito pressionado pelos preços que vê no dia a dia, aqueles que são mais palpáveis para ele. Supermercado, combustível, o qual subiu bastante nas últimas semanas, energia elétrica, gás e o preço dos alimentos que, apesar de no começo da crise ter oscilado um pouco, nunca caiu realmente”, explica.

Segundo o Economista-Chefe, os contratos recorrentes, como aluguéis e financiamentos, os quais só mudam de preço anualmente, não são percebidos pelo consumidor. Desta forma, normalmente ele acaba tendo um viés de alta para a inflação. “Tudo isso aumenta a percepção de inflação para o consumidor, mesmo que esse indicador venha subindo de maneira mais suave. Porém, a inflação esperada pelos agentes está muito baixa. Desta forma, podemos perceber dois lados, por um a inflação esperada é baixa, e por outros as pessoas estão cada vez mais pessimistas quanto à economia do país”, completa. 

 Sobre a Nova Futura Investimentos

Sócia-fundadora da BM&BOVESPA, a Nova Futura Investimentos, foi fundada em 1983, atua nos mercados de commodities, renda fixa, renda variável e seguros. Com presença nacional, a instituição financeira conta com 21 escritórios espalhados por diversas cidades do país. Ao longo de mais de três décadas de existência, se consolidou como uma das maiores e mais independentes casas de investimentos do Brasil.

Com tradição no mercado institucional, vem se tornando referência no varejo, oferecendo a mesma qualidade já ofertada ao mundo empresarial agora também para pessoas físicas. Em 2017, confirmando a tradição de excelência, a corretora recebeu o selo Nonresident Investor Broker, que reconhece a estrutura organizacional e tecnológica especializada na prospecção de clientes, prestação de serviços de atendimento consultivo assim como execução de ordens e distribuição de produtos da BM&FBovespa para investidores não residentes

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