Como lidar com o luto e a saudade nas festas de fim de ano

Professora do curso de Psicologia da UNINASSAU orienta sobre o assunto 

 

Devido à pandemia do novo coronavírus, quase 190 mil famílias no Brasil irão passar o Natal e o Réveillon enfrentando o processo de luto. Além disso, há aquelas que não foram vítimas do vírus, porém seguem respeitando o isolamento social e, por isso, irão ficar longe de alguns parentes por questões de segurança. No entanto, o que essas mudanças provocam?

Tudo isso ocasiona alteração na saúde mental e, por isso, a psicóloga e professora do curso de Psicologia da UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Fortaleza, Marília Barreira, orienta como lidar melhor com todas essas emoções, seja o luto como a saudade devido à ausência de pessoas queridas nas datas especiais.

De acordo com a profissional, o luto é um processo que precisa ser vivenciado para ser finalizado. Muitas vezes ele é dificultado pela falta de alguns rituais, como velório e enterro. “O luto se torna mais difícil de ser aceito quando o corpo fica desaparecido por anos e não é encontrado ou então quando o falecimento é devido a Covid-19 e não há velório ou enterro, por exemplo, pois é um processo que ficou incompleto, sem despedidas”, explica.

Segundo a professora, o apoio da família é muito importante nesse momento. “É importante que o luto seja valorizado e vivido, que seja expressado por sentimentos. É preciso compreender que, num processo de luto, geralmente, o último lugar que uma pessoa gostaria de estar é numa festa, mesmo que seja uma celebração religiosa como o Natal. Por isso, a melhor opção é o diálogo. O próprio psicólogo pode ajudar nessa conversa com a família”, orienta.

Há pessoas que gostam de reviver as lembranças olhando fotos, indo a locais que a pessoa querida gostava ou usando os objetos pessoais. Porém em relação às lembranças, é preciso ter cautela para que não se torne mais um sofrimento: “Se as lembranças forem revividas trazendo alegria é válido, porém se trazem tristeza não é recomendado, então vai depender da reação e dos sentimentos de quem está vivendo o luto”, alerta.

Já para as pessoas que estão com os parentes vivos, mas optaram em evitar visitas devido à pandemia, a profissional dá algumas dicas para amenizar a saudade. “Faça videochamadas e videoconferências, envie e-mails, mensagens, busque gerar conexão mesmo com a distância e compreenda que estar longe da família nesse momento de pandemia é a melhor forma de cuidar dela. Faça trocas de presentes por meios virtuais , envie uma lembrancinha pelo motoboy, enfim, use a criatividade”, finaliza.

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