Com pandemia, Ceará tem taxa de desemprego recorde no 1º tri de 2021
A taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2021 foi recorde em sua série histórica iniciada em 2012, no estado do Ceará, atingindo 15,1%. As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul do país. Esses resultados decorrem dos efeitos da pandemia de Covid-19 sobre o mercado de trabalho. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada hoje (27) pelo IBGE.
Nesse 1º trimestre de 2021, as maiores taxas de desocupação ficaram com Bahia (21,3%), Pernambuco (21,3%) e Sergipe (20,9%), enquanto as menores com Santa Catarina (6,2%), Rio Grande do Sul (9,2%) e Paraná (9,3%).
No intervalo de um ano, a população ocupada reduziu em 527 mil pessoas no Ceará, chegando ao segundo menor número da série histórica (3,1 milhões). Também se observa na pesquisa queda em relação ao último trimestre de 2020, menos 177 mil pessoas ocupadas. Com isso, menos da metade da população em idade para trabalhar estava ocupada no estado. Nesse 1º trimestre de 2021, o nível de ocupação foi de 40,4%, o menor da série.
A população desocupada estimada em 549 mil pessoas nesse 1º trimestre de 2021, não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao mesmo trimestre do ano passado e, também, em relação ao trimestre anterior.A população em idade de trabalhar foi estimada em 7,6 milhões de pessoas. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, observa-se um aumento em 175 mil pessoas. Entretanto, em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
O número de empregados no setor privado, com carteira de trabalho assinada, foi estimado em 697 mil pessoas, o que representa um percentual de 55,0% dos empregados do setor privado. Em relação ao mesmo período do ano anterior houve perda de 232 mil pessoas (-25%). Também, houve queda em relação ao trimestre anterior, – 95 mil pessoas, ou seja, variação de -12,0%.
O Ceará teve o quarto menor percentual do país, as unidades da Federação com os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado foram Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (84,7%), Paraná (83,8%) e São Paulo (82,7%). Os menores percentuais foram do Maranhão (48,0%), Piauí (54,5%) e Pará (54,6%).
Já a taxa de informalidade foi de 53,8% no trimestre encerrado em março deste ano, o que equivale a 1,6 milhão de pessoas sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração. No trimestre anterior, esse percentual foi 52,94%.
No 1° trimestre de 2021, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação a força de trabalho ampliada) foi de 39,1%.
O percentual de pessoas desalentadas (em relação à população na força de trabalho ou desalentada) no 1º trimestre de 2021 foi de 11,4%.