Colóquio da Lei da gastronomia apresenta relatório e pesquisa sobre o setor

Como queremos a Gastronomia do Ceará? Com atuação mais ampla, levando investimento público e privado para as cidades do interior, em desenvolvimento junto com a agricultura familiar. Coletiva, trabalhando em conjunto com áreas como turismo e educação, unindo forças entre entidades representativas, empreendimentos e profissionais. Uma gastronomia que valorize a cultura alimentar cearense e que se torne referência nacional e internacional, a partir da sua identidade. Esse é a visão ideal dos participantes da pesquisa amostral realizada durante o Colóquio da Lei da Gastronomia, em 2021. Ao todo, 706 pessoas responderam ao formulário on-line, que obteve um nível de confiança de 95% e margem de erro de 3,7%. A análise do resultado, na íntegra, está disponível em https://www.ce.senac.br/wp-content/uploads/2022/05/Relato%CC%81rio_Colo%CC%81quio_Final.pdf .

Entre outras percepções sobre o assunto, está a relação entre gastronomia e turismo. Mais de 81% respondeu que leva em conta a gastronomia quando escolhe um destino turístico e 97,4% considera que o Ceará tem potencial para se tornar um destino turístico gastronômico relevante no país.

Questionados sobre como poderia proporcionar melhorias para a gastronomia do Ceará, 83,6% defende que é preciso aumentar a valorização dos produtos locais, 64% acredita que o caminho são as políticas públicas; 53,4% concorda que é preciso maior oferta de cursos na área. A grande maioria (98,6%) concorda que é fundamental difundir a cultura alimentar nas escolas.

Quase 60% acredita que existe um equilíbrio na percepção de gastronomia entre tradicional e moderna, sendo que para 49,7 % a gastronomia do Ceará é plural, em que há uma diversidade. Perguntados sobre os alimentos “in natura” e os preparos que consideram parte da cultura alimentar cearense, os participantes da pesquisa comprovaram essa riqueza e pluralidade com respostas mais diversas.

Entre os “in natura”, se destacaram insumos como caju, macaxeira, jerimum, pimenta de cheiro e seriguela, mas também foram citados coentro, pitomba, feijão, fava, cará, sapoti, murici, batata doce, cebolinha e acerola. Já entre os preparos, os mais citados foram baião de dois, cajuína, queijo coalho, panelada, peixe frito, tapioca, cuscuz e Galinha à Cabidela. Mas também apareceram Arroz Maria Isabel, Vaca Atolada, caldeirada de peixe, vatapá, assim como o arroz e a linguiça de carneiro, dentre outros. Sobre a valorização dos insumos locais, o grau de importância para compra de um produto alimentício de origem cearense foi apontado “muito importante” por 63,5%.

“Ao realizar o colóquio, um evento destinado a valorizar a Gastronomia do Ceará como um legado cultural, o Sistema Fecomércio Ceará – por meio do Senac – oportunizou o fortalecimento de todos os elos que compõem essa importante cadeia produtiva para o nosso Estado”, afirma Ana Cláudia Martins Maia Alencar, Diretora Regional do Senac Ceará. “Nos unimos para pensar ações e estratégias e a culminância deste relatório, que também traz a análise da pesquisa on-line, é de fato uma conquista coletiva que sem dúvidas, irá fortalecer a cadeia gastronômica, gerando inovações, oportunidades e, assim, revigorando o setor”, conclui.

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