CNC revisa para +1,3% a expectativa de crescimento do setor de serviços em 2019
Em junho, o volume de receita do setor de serviços recuou 1,0% na comparação com maio, registrando o pior desempenho para um mês de junho nos últimos quatro anos, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (9), pelo IBGE. Nesse cenário, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou a projeção de crescimento dos serviços de +1,6% para +1,3% em 2019, em relação a 2018, o que representaria o primeiro avanço anual do setor desde 2014.
A CNC aposta em um segundo semestre mais favorável e projeta crescimento de 2% na receita real dos serviços, em relação ao mesmo período do ano passado. Para a Confederação, com a aprovação da reforma da Previdência, a agenda econômica deve trazer medidas de estímulo ao consumo e aos investimentos. “Considerando, neste cenário, o nível corrente da inflação significativamente abaixo do centro da meta, abre-se espaço para cortes adicionais na taxa de juros, o que permitirá alguma aceleração do setor no terço final do ano”, afirma o economista da CNC Fabio Bentes.
Na comparação com junho de 2018, a queda de 3,6% foi a maior desde a greve dos caminhoneiros em maio do ano passado (-3,8%). Atualmente, o volume mensal de receita de serviços encontra-se 12,8% abaixo do pico de atividade, em novembro de 2014. O setor terciário é responsável por quase 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e por 72% do emprego formal no País.
Subsetores
Na comparação mensal, entre junho e maio de 2019, todos os subsetores tiveram queda, os destaques negativos foram os serviços de informação e comunicação (-2,6%), seguidos pelos serviços de transportes (-1,0%). O transporte aéreo teve a maior retração (-18,3%), influenciado pelo comportamento dos preços, que tiveram alta de +18,9%, em junho, em relação a maio, e de +50,4%, na comparação com junho de 2018.
Os transportes também foram destaque negativo na comparação anual, entre junho de 2019 e junho de 2018, com queda de 10,9%, a maior desde outubro de 2016 (-13,3%). Destaque positivo aos serviços prestados às famílias (+5,7%), puxado por serviços de alojamento e alimentação (+6,4%), que tiveram o melhor desempenho anual desse grupo de atividades, em toda a série histórica da pesquisa.