Cenário de desafio confirma consórcio como bom parceiro do agronegócio

 *Por Jefferson Maciel

 

Sabemos que a participação do agronegócio – hoje, responsável por quase 50% das nossas exportações – segura e equilibra a balança comercial do Brasil. No cenário atual, em que diversos setores estão sendo afetados pelas consequências desta nova pandemia, o agro se confirma como fundamental para a retomada do país. Na esteira do agro e do transporte de cargas, o consórcio de pesados registra bons resultados.

 

Nos últimos dois meses, observamos que, no ramo de consórcio, as categorias menos impactadas pelo distanciamento social, tanto em vendas de novas cotas como em movimento financeiro dos grupos em andamento, foram aquelas diretamente relacionadas ao agro. Em função disso, o Consórcio New Holland, voltado para a aquisição de tratores e máquinas agrícolas, tem passado quase ileso a este período. Muito desse resultado positivo pode ser atribuído às sinergias entre o modo de trabalho do pecuarista, do agricultor e a dinâmica do sistema de consórcio. Nosso cliente dos sonhos é aquele que se programa, característica inerente ao homem do campo. Já o consórcio se adapta a quase qualquer conjuntura, pois possibilita por exemplo, formas de pagamento diferenciadas aos produtores, que variam desde os tipos de cultura até o acerto por safra. É uma forma de viabilizar – sem entrada, sem a incidência de juros e com parcelas baixas –  a renovação da frota, ampliação da oferta de tratores ou a aquisição de uma nova máquina, diferenciais competitivos que impactam na performance da agricultura.

 

Em todos os perfis, desde o pequeno produtor, que se dedica a agricultura familiar e almeja tratores de início, até o grande empresário que investe na automatização da produção, o consórcio de pesados registra crescimento. Em 2019, segundo dados da ABAC, o faturamento desta categoria superou os R$ 14 bilhões. No início deste ano, apresentava a mesma projeção e, diferente do que estava se desenhando, segue com números de vendas e arrecadação bem próximos da normalidade, mesmo depois do surgimento da pandemia. Independente do cenário, o investimento em inovação tecnológica – nos referimos a tratores de rodas e esteira, implementos agrícolas e rodoviários, colheitadeiras e cultivadores motorizados – continua como prioridade nos planos do consorciado agricultor.

 

Nesse momento em que os bancos e demais instituições financeiras estão passando por adaptações e ajustes, a fim de seguir ao sabor das projeções que podem se concretizar ou não, mas que atualmente restringem o acesso ao crédito, o consórcio segue com a sua dinâmica habitual: contribuindo para a construção do patrimônio e facilitando a compra de máquinas, tratores e caminhões.

 

Para finalizar, vale deixar registrado: para nós, é uma surpresa a transformação do agronegócio para o ambiente virtual. Uma vez que as equipes de vendas estão limitadas, é uma alegria não sentirmos quedas nos números e percebermos uma mudança gradual de comportamento. Os acessos ao nosso site, por exemplo, cresceram 12% quando comparamos os meses de janeiro e abril. Assim como os demais setores da economia, a agricultura também está se adaptando com sucesso ao novo mundo digital.

 

Jefferson Maciel é CEO da Conseg/SA, administradora de marcas renomadas que há 27 anos é referência no mercado de consórcios. A empresa, responsável pelo Consórcio IVECO, New Holland, Librelato, entre outras, é a terceira maior em carteira ativa e a quarta no ranking de vendas no segmento de pesados. O executivo também preside a regional da ABAC para o Paraná.

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