BTG aproveita valuations atrativos para trocar 6 ativos em carteira de fevereiro

Por Ana Beatriz Bartolo – 

Investing.com – Para fevereiro, o BTG Pactual (SA:BPAC11) decidiu assumir um pouco mais de risco com a sua carteira recomendada. O objetivo é aproveitar os valuations atrativos, diante da expectativa por uma redução dos juros reais de longo prazo.

O BTG optou por retirar as indicações sobre PetroRio (SA:PRIO3), Suzano (SA:SUZB3), Totvs (SA:TOTS3), Gerdau (SA:GGBR4), B3 (SA:B3SA3) e Iguatemi (SA:IGTA3). No lugar, incluiu as ações da Petrobras (SA:PETR4), com uma participação de 10% na carteira, da Multiplan (SA:MULT3), com peso de 5%, e da Vale (SA:VALE3), Rede D’Or (SA:RDOR3), Energisa (SA:ENGI11) e Tim (SA:TIMS3), com 10% de exposição em cada.

A seleção ainda conta com Itaú (SA:ITUB4), Raízen (SA:RAIZ4), Localiza (SA:RENT3) e Arezzo (SA:ARZZ3), com 10% de participação cada.

De acordo com o relatório divulgado pelo banco, os valuations no Brasil estão atrativos, com ações locais (ex-Petrobras e Vale) negociadas a 10,5x P/L projetado de 12 meses, um desvio padrão abaixo da média. O prêmio para manter ações, medido como o inverso do P/L menos as taxas de juros reais de 10 anos, está em 4%, ou um desvio padrão acima de seu nível histórico.

No final de janeiro, as taxas de juros reais de longo prazo muito altas terminaram em 5,6%. O BTG explica que os ganhos do Ibovespa dependem do nível dessas taxas, que, por sua vez, dependem da situação política e fiscal do país. O banco acredita que há espaço para que as taxas reais de longo prazo caiam em 2022, se os candidatos à presidência se comprometerem com a disciplina fiscal.

Se essas taxas reais voltarem a 4% e o país voltar a crescer, o Ibovespa poderá voltar a negociar na média histórica de 12,7x P/L, segundo o BTG. Mas para isso, o índice teria que subir para 135 mil pontos. Hoje, 01, às 11h40, o Ibovespa opera com 112.528 pontos.

No cenário base do BTG, embora otimista, isso seria viável se o Brasil voltar aos trilhos, com a inflação fique na meta dos 3,5%, taxas reais de longo prazo retornando a 4% e crescimento real do PIB de longo prazo a 2%. Com essas premissas, o múltiplo P/L justo do Ibovespa é de 12,7x, em linha com seu valuation histórico (ex-Petrobras e Vale).

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