Atividade do comércio recua 0,5% em fevereiro, mostra Serasa Experian

Economista avalia que inflação e juros impactaram o poder de compra da população

 Em fevereiro, conforme o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, as vendas no varejo físico brasileiro registraram queda de 0,5%, em comparação ao mês anterior. Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “essa ligeira redução ainda reflete a inflação e os juros que permanecem em níveis elevados, exercendo impacto no poder de compra dos consumidores”. Veja, o levantamento dos últimos 12 meses, no gráfico a seguir:

“Adicionalmente, uma parcela significativa da população encontra-se inadimplente, agravando a situação ao comprometer a renda disponível, levando os consumidores a priorizar o pagamento de dívidas, em detrimento da realização de novas compras” complementa Rabi.

Outros dados do índice mostraram, também, que o setor de “Combustíveis e Lubrificantes” apresentou a maior alta, de 1,7%. Em sequência, “Veículos, Motos e Peças”, com crescimento de 0,7%. Já o segmento de “Material de Construção” registrou a maior queda, de -3,8%. Veja, no gráfico abaixo, os dados na íntegra:

Comparação anual

Na variação anual do Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o crescimento foi de 3,3%, cujo ranking de setores foi liderado por “Combustíveis e Lubrificantes” (7,3%), “Tecidos, Vestuário, Calçado e Acessórios” (5,8%), “Veículos, Motos e Peças” (4,7%), “Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática” (4,6%) e “Supermercados, Hipermercados, Alimentos e Bebidas” (1,3%). A área de “Material de Construção” foi a única que registrou queda nesse período (-2,5%).

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de 6.000 estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados. Para a formação da série agregada do Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio – Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.

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