Reportagem: Graziela França
A existência de um veículo de comunicação local é sinônimo de uma maior atenção sobre os acontecimentos sociais, econômicos e políticos de determinada cidade ou comunidade, além de um importante instrumento no combate à desinformação. No entanto, a maior parte dos municípios do Nordeste (56,7%) ainda são considerados desertos de notícias, ou seja, locais em que não há a presença de um veículo de comunicação sequer.
Os dados analisados pela Agência Tatu são do Atlas da Notícia, levantamento que mapeia veículos produtores de notícias no território brasileiro e é uma iniciativa do Instituto para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor) em parceria com Volt Data Lab.
Apesar da região ainda concentrar o maior número de municípios sem veículos jornalísticos, houve uma redução de 9% nos desertos de notícias locais, que são encabeçados, principalmente, por veículos online e rádios. No total, 2728 veículos que estão ativos foram mapeados.
Dos nove estados da região, os que apresentam a maior quantidade de cidades consideradas “desertos de notícias” são Piauí e Rio Grande do Norte, em que a cada 10 municípios, 7 não possuem veículos de comunicação.
Veja mapa com quantidade de veículos por município: