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Alemanha teme por uma recessão, com declínio acentuado de sua produção

*Adriano da Silva Santos

A indústria automobilística alemã enfrenta uma crise, com uma queda de 0,8% na produção industrial em julho, a terceira consecutiva. Os analistas esperavam uma redução menor, de 0,5%. O setor automotivo, que representa grande parte da produção industrial do país, teve uma queda de 9% em sua sua atividade.

Para piorar, a Alemanha também tem tido um desempenho menor do que os seus parceiros da zona do euro e os Estados Unidos na recuperação da pandemia. A sua forte dependência das exportações para a China, que está a desacelerar o seu crescimento, e dos altos custos da energia e dos juros, têm afetado a sua competitividade. Nos últimos três trimestres, o produto interno bruto (PIB) alemão ou contraiu, ou ficou estagnado.

Com essa situação, muitas empresas estão a optar por investir em países emergentes, como a China, onde os custos de produção são mais baixos e o mercado é mais dinâmico. Um exemplo é a BASF, a maior empresa química da Alemanha, que decidiu construir uma nova fábrica de produtos petroquímicos na China, avaliada em 10 mil milhões de euros, e que está a reduzir o seu pessoal e as suas instalações na sua sede histórica de Ludwigshafen, junto ao Reno.

Um estudo da Câmara de Comércio e Indústria Alemã revelou que 32% das empresas consultadas preferiam investir no exterior do que expandir as suas operações na Alemanha. Este fenômeno pode ter consequências negativas para a economia alemã, que depende em grande medida das exportações e da inovação industrial.

Além da escassez de suprimentos, outro problema é a contratação de trabalhadores qualificados. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Ifo em agosto mostrou que 43,1% das empresas consultadas relataram problemas para encontrar mão de obra especializada, o que limita a capacidade produtiva e aumenta os custos. A situação é mais crítica nos setores de construção, saúde e educação, que vêm causando uma disruptura no país, ocasionando uma forte divergência política entre os partidos da coligação, as resistências dos estados federais e os interesses dos diferentes setores industriais.

Nesse aspecto, uma das questões mais controversas é a política energética, que envolve o equilíbrio entre a proteção do clima, a segurança do abastecimento e a competitividade das empresas. O governo tem defendido a transição para as energias renováveis, mas enfrenta a oposição de alguns estados e indústrias que dependem da energia barata proveniente de fontes fósseis. Para aliviar o impacto da subida dos preços da eletricidade, os estados propuseram um subsídio temporário para as indústrias mais afetadas, mas o governo central teme que isso viole as regras da concorrência da UE e prejudique os incentivos à inovação e à eficiência energética.

Essa medida vem de encontro a uma série de propostas que o governo tem procurado implementar, visando a modernização de sua administração pública e o ambiente de negócios, promovendo a digitalização, a simplificação burocrática e o apoio às startups. No entanto, essas medidas exigem investimentos significativos, coordenação entre os vários níveis de governo e uma mudança cultural na sociedade. As autoridades têm encontrado dificuldades em convencer os cidadãos e seus parceiros comerciais da necessidade e dos benefícios dessas reformas, especialmente num contexto de incerteza econômica e social.

Para o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz, a indústria global vem tendo um ano bem negativo. Entretanto, o especialista ressalta que, como a economia alemã tem um percentual maior de sua atividade ligada aos setores industriais, ela acaba sofrendo um pouco mais. “Economias mais ao sul, ligados a serviços ao turismo, estão tendo um ano relativamente bom, enquanto a Alemanha está patinando um pouco mais”, completa o economista.

Ele ainda destaca que a tendência para a Alemanha ficou mais negativa, com uma pressão de custos bem elevada e a falta de insumos. Além disso, Cruz da RB Investimentos explica que existe todo um movimento recente de realocar as indústrias para países mais próximos de sua base de consumo. “Isso tem favorecido muito países como México e alguns latinos americanos. Por outro lado, está desfavorecendo países asiáticos”, pontua.

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