Agricultores de Maranguape realizam seminário com tema “Desenvolvimento local, participação popular e mobilização socioeconômica”

O Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Agricultura Familiar em Maranguape(SINTRAF – Maranguape) realizou uma série de oficinas para entender a situação dostrabalhadores da agricultura familiar da região de Maranguape. O desdobramento doresultado das oficinas será apresentado no Seminário “Desenvolvimento Local, ParticipaçãoPopular e Mobilização Socioeconômica”, realizado no sábado, 17, às 9h.Foram realizadas seis oficinas em diferentes distritos de Maranguape, que contaram com aparticipação de mais de 250 pessoas. Os trabalhadores e lideranças das organizações, emparceria com o Sindicato, utilizaram as informações captadas durante as oficinas paraelaborar um diagnóstico socioeconômico dos pontos fortes e fragilidades que impactam aagricultura familiar no município.As oficinas também têm como objetivo identificar e catalogar as “oportunidades” que podemser conquistadas olhando para o cenário e a conjuntura atual, tanto no âmbito municipal,estadual ou federal.

Apoiando-se na Metodologia FOFA, os agricultores foram capazes decatalogar as “forças, oportunidades, fragilidades e ameaças” presentes na organizaçãointerna e no ambiente da Agricultura Familiar.A agricultura familiar está presente em cerca de 85% das casas brasileiras, sendo onordeste a região com o maior número de agricultores familiares do país, comaproximadamente 2 milhões de empreendimentos.As oficinas são ministradas por Elias José, educador popular e poeta, acompanhado peloPresidente do SINTRAF, Antônio Wilson da Silva. “Através desse projeto, torna-se possívelentender realmente o que os agricultores familiares necessitam, o que eles sentem e comoo poder público e também o Sindicato podem prestar auxílio”, comenta Elias.

Durante as conversas, foram apontados como problemáticas a falta de terras para plantio,dificuldade de escoamento da produção, estradas e acessos precários, garantia de preçomínimo, fragilidade da cadeia produtiva, violência, entre outros.O agricultor Erialdo Costa, do Distrito de Manoel Guedes, destaca a dificuldade que osagricultores enfrentam anualmente. “Muitas vezes, precisamos ir atrás de terra para plantare, quando a produção chega na época de colheita, não temos onde vender”, destaca.Antonio, presidente do SINTRAF, destacou a necessidade de construir diagnóstico para sepoder avançar, fortalecer e construir os projetos sustentáveis para o bem estar das famíliasque trabalham na agricultura. “Quando realizamos oficinas como essas, damos voz àcomunidade, conseguimos entender o que cada um sente e, como um todo, buscar asolução juntamente ao poder público”, comenta.

Método F.O.F.A.Muito utilizado nos negócios, o Método F.O.F.A é um instrumento de análise simples, masvalioso. De forma cooperativa, é possível conhecer os pontos altos e pontos fortes, mastambém fraquezas e dificuldades.Seu nome é um acrônimo para Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças e tem seusobjetivos principais a visão interna de uma classe ou negócio, identificar elementos chaves,estabelecer prioridades e ter um diagnóstico gerado pelas próprias pessoas do campo.Realização: Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar -SINTRAF / Centro de Referência da Agricultura Familiar – CRAF / Associação paraDesenvolvimento da Agricultura Familiar e Tecnologias Sociais – ASSISTRAFData: 17/06/2023Hora: 9h às 12h30Local: CVT do Amanari – Avenida José de Freitas Andrade, SN, complexo educacionalAntonio Luís Coelho, Amanari – Maranguape

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