Abordando Questões Econômicas, Sociais e Políticas Relevantes

O setor de serviços, que inclui áreas como transporte, comunicação, turismo e tecnologia da informação, tem mostrado resistência e capacidade de adaptação às novas realidades econômicas. O varejo também tem se beneficiado da retomada do consumo, impulsionado por uma melhoria nas condições de emprego e renda.

Por Antonio Matos
Estamos vivendo uma série de questões econômicas e políticas interessantes em nosso Pais, e queremos não perder a oportunidade de abordar em um artigo, como venho fazendo ao longo dessa recente história do JORNAL DO COMÉRCIO DO CEARÁ. É importante considerar a relevância de cada um desses temas e como eles se inter-relacionam, oferecendo uma visão abrangente e esclarecedora para os leitores pensarem e formarem sua concepção pessoal, livre e desengajada.

Eu, vez por outra, assino artigos como esse, acreditando ser um serviço de informação e debate salutar rumo a uma solução sem dúvida, aguardada por todos cidadãos e cidadãs patriotas de verdade e conscientes do dever que devemos nos dedicar para a harmonia tão preciosa que o Brasil necessita na atual conjuntura.

Em primeiro lugar destaco a importância da cobrança de taxas sobre compras online, tema que vem dividindo erroneamente a opinião pública por conta principalmente de informações falsas que habitam as redes sociais. Um dos tópicos mais pertinentes atualmente é a cobrança de taxas sobre compras online. Com o crescimento exponencial do comércio eletrônico, há uma demanda crescente do mercado e da nossa indústria para equalizar as condições de concorrência entre empresas físicas e virtuais.

As taxas sobre compras online não apenas geram receitas adicionais para o Governo – digo, o Brasil –, mas também ajudam a criar um campo de jogo mais nivelado para os pequenos comerciantes locais que enfrentam desafios significativos ao competir com gigantes do e-commerce da China, Estados Unidos, entre outras potências comerciais. A base da nossa economia são os pequenos e médios negócios que conseguem com expertise própria superar os monstros críticos que surgem no mercado global. Isso é tão verdadeiro que, apesar da crise mundial, o Brasil alcançou um índice do seu PIB nesse primeiro trimestre de 2024 bastante notável, quase 1% em comparação ao mesmo período do ano passado.

Além desse problema grave que é a entrada de produtos legalizados que não pagam impostos, é a pirataria, um problema significativo para a economia brasileira. Produtos falsificados não apenas prejudicam as vendas de empresas legítimas, mas também resultam em perdas consideráveis de receita fiscal para o governo. Segundo dados recentes, o comércio de produtos piratas movimenta bilhões de reais anualmente, desviando recursos que poderiam ser investidos em serviços públicos essenciais como saúde, educação e infraestrutura.

Os consumidores, atraídos por preços mais baixos, muitas vezes não percebem os riscos associados à compra de produtos piratas, que frequentemente são de qualidade inferior e podem até ser perigosos para a saúde e a segurança. Além disso, a pirataria alimenta redes de crime organizado, contribuindo para a perpetuação de atividades ilícitas. Na competição internacional e globalização econômica, podemos observar essa competição terrível como um ponto fundamental no contexto atual de globalização econômica onde cada um busca o seu melhor pedaço.

Portanto, se as empresas locais precisam se adaptar e inovar para competir com empresas estrangeiras que frequentemente têm acesso a recursos e tecnologias avançadas, temos que ter uma política de extrema solidariedade a esse setor. Políticas econômicas que incentivam a inovação, a qualificação da mão de obra e a redução de barreiras burocráticas podem ajudar a melhorar a competitividade das empresas nacionais, além de barreiras de entrada desses produtos no nosso mercado que nem sempre se trata de um artigo melhor.

Déficit da Dívida Pública
O déficit da dívida pública continua a ser um tema relevante, pois afeta diretamente a saúde financeira do país. O aumento do endividamento público pode levar a cortes em serviços essenciais e a um aumento da carga tributária. É fundamental que o governo adote políticas fiscais responsáveis para controlar o déficit e promover a sustentabilidade econômica a longo prazo. Portanto, o radar deve estar direcionada não a liberação de taxas e impostos, mas buscar superávit fiscal constante.
A herança econômica deixada pela gestão anterior, principalmente, incluindo o calote em precatórios e no ICMS, assim como os desafios enfrentados pelo INSS, representam obstáculos significativos para a atual administração do Partido dos Trabalhadores, que vem buscando reunir dinheiro para aplicar na economia popular, esta sim, a mais importante para o nosso crescimento econômico.

São questões que impactam diretamente a situação financeira dos estados e a capacidade dos governadores de implementar políticas eficazes. O caso do governador Zema, em Minas Gerais, ilustra bem esses desafios com a necessidade de equilibrar as finanças públicas enquanto atende às demandas sociais: Investimentos em obras e melhoria salarial para servidores.

Os empresários brasileiros enfrentam uma batalha constante para competir em um mercado onde a legalidade nem sempre é a norma. Além de lidarem com uma carga tributária elevada, burocracia excessiva e infraestrutura deficiente, eles precisam combater a concorrência desleal de produtos piratas e importados irregularmente. Essa situação não apenas reduz a lucratividade das empresas, mas também desestimula novos investimentos e a inovação. Muitas empresas são forçadas a reduzir sua força de trabalho ou, em casos extremos, fechar suas portas.

Ação Governamental
Para combater esses problemas, é essencial uma ação governamental coordenada e eficaz. Isso inclui: 1. Reforço da Fiscalização: Aumentar a fiscalização nas fronteiras e no mercado interno para identificar e apreender produtos piratas e importados ilegalmente. 2. Educação do Consumidor: Campanhas de conscientização para educar os consumidores sobre os riscos e impactos negativos da compra de produtos piratas e irregulares. 3. Políticas de Incentivo: Criar políticas de incentivo para apoiar as empresas nacionais, reduzindo a carga tributária e simplificando processos burocráticos.

Apesar desses desafios, há sinais de recuperação na economia brasileira. No último trimestre, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,8%, impulsionado principalmente pelos setores de serviços e varejo. Este crescimento é um indicador positivo, sugerindo que, mesmo diante das adversidades, o país tem potencial para se recuperar e crescer.

O setor de serviços, que inclui áreas como transporte, comunicação, turismo e tecnologia da informação, tem mostrado resistência e capacidade de adaptação às novas realidades econômicas. O varejo também tem se beneficiado da retomada do consumo, impulsionado por uma melhoria nas condições de emprego e renda.

Enquanto os desafios econômicos persistem, especialmente com a concorrência desleal de produtos piratas e importados irregularmente, o recente crescimento do PIB oferece um raio de esperança. É crucial que o governo e o setor privado trabalhem juntos para resolver esses problemas, garantindo um ambiente econômico mais justo e competitivo. Com a implementação de medidas eficazes, o Brasil pode continuar a trilhar o caminho do crescimento sustentável, beneficiando toda a sua população.

Antonio José Matos de Oliveira é jornalista, Administrador de empresas, membro da Academia de Ciências, Letras e Arte de Columinjuba/ACLA.

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