Abel e Diniz exibem diferença crucial dos outros técnicos no Brasil

Fernando Diniz e Abel Ferreira, esses são os nomes dos técnicos campeões dos campeonatos de maior audiência do país: Carioca e Paulistão. Os dois ganharam a alcunha na disputa do atual melhor futebol do Brasil, o chavão clássico de quando temos apenas os estaduais rodando. Afinal, se trata da projeção dos principais clubes que disputarão – com chance a títulos – os mais importantes campeonatos nacionais e internacionais, como o Tricolor e o Alviverde.

Apesar do futebol de qualidade das equipes que, inclusive, se igualam no número de gols (4) na final, os “professores” das equipes chamam a atenção pela qualidade e execução tática nos gramados e na mentalidade. Não é de hoje que vemos tanto Abel quanto Diniz exaltarem a importância do lado mental ao jogo. O português tem livro intitulado como cabeça fria, coração quente. Já no lado brasileiro da história, Diniz é formado em psicologia e une o útil ao agradável: a experiência do ex-jogador com o recurso científico.

Partindo disso, os próprios jogadores reconhecem a eficácia dos treinadores com esse recurso. O próprio Bruno Guimarães teceu elogios a Diniz:

“Em uma dessas pré-temporadas, com 17 anos, ainda nem tinha contrato profissional, mas ele me levou para fazer uma pré-temporada com o time principal. Foram as duas melhores semanas da minha vida. E a gente em uma das nossas folgas, trocando resenha, ele chegou para mim e falou: ‘Bruninho, o que você escolher para a sua vida você vai ser um dos melhores, porque você é determinado”. Revelou o meio-campo da Seleção em entrevista ao Players Tribune.

“Esses dois profissionais têm uma coisa em comum: eles enxergam coisas que vão além da tática. Hoje o treinador que não se dispõe a aprender o mínimo do trabalho mental e comportamental fica para trás no mercado. Diniz e Abel tem uma visão 360 do atleta, existem inúmeros fatores que influenciam no desempenho e o fator mental é um dos principais”. Ainda mais no caso do DIniz, e tem noção completa da saúde mental. Ele consegue levar jogadores para a terapia sem tabu e isso, obviamente, muda a performance.

Além disso, o trabalho mental esportivo não está ligado às sessões, mas sim ao resultado. O trabalho não é uma análise comum, mas sim uma intervenção direta de como o jogador age em campo. Por isso, esses treinadores sabem agregar esses valores e traduzir isso em títulos.

O comentário acima é do especialista em performance e trabalho mental no futebol, Lincoln Nunes. O profissional atende diversos atletas de alto calibre do futebol, inclusive na Seleção Brasileira.

Enfim, a tendência é que o Brasil produza uma escola de técnicos que tenha a sensibilidade e olhar que Diniz e Abel têm com os seus elencos. Caso isso não ocorra, a distância fica cada vez maior entre os brasileiros e o resto do mundo. (Créditos – Foto: Divulgação / MF Press Global)

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