MÉXICO | Javier Juárez, Presidente do Instituto Federal de Telecomunicações do México (IFT)
De 2023 até 2030, o México contará com um aumento anual de 1.3% do PIB e, para tirar proveito desse new sharing é preciso é preciso contar com boa infraestrutura digital, com redes para a 5G, centro de dados e redes de fibra óptica robustas. Será uma oportunidade histórica para o país. No IFT, estamos muito conscientes da relevância que a 5G possui, e por isso criamos um comitê para o desenvolvimento de redes de quinta geração nos países. Qualquer pessoa interessada pode fazer parte deste comitê. A ideia é criar propostas para gerar condições que, de maneira holística, permita o desenvolvimento da 5G nos países.
COLÔMBIA | Nicolás Silva, Diretor Executivo da Comissão de Regulação de Comunicações da Colômbia (CRC)
O país segue modelos próprios que, além de focar em crowdsourcing e 4G, tem adotado o compartilhamento de infraestrutura para diminuir o custo das tecnologias e beneficiar o uso do espaço público. Um destaque é o setor elétrico, que aumentou de 271 contratos vigentes em 2019 para 481 ao final de 2022. Os custos de acessos aos postes diminuíram entre 57% e 69%, e os dutos de energia elétrica diminuíram entre 49% e 74% no mesmo período. O governo colombiano acredita que a 5G vai ser um dos braços fundamentais para a transformação da economia do país através da industrialização de setores estratégicos, e para prestação de serviços do estado e do setor privado, com o compromisso de promover a concorrência e a proteção dos usuários.
ARGENTINA | Henoch Aguiar, Consultor de Telecomunicações e Professor Titular da UBA
Entre os últimos 20 e 30 anos, a Argentina viveu uma etapa de regulamentação, a partir de agora está começando uma nova etapa, em que as mudanças externas incentivam os regulamentos do país. A primeira foi a privatização dos anos 90, que durou até metade dos anos 2000, passando do monopólio estatal para a iniciativa privada. Os programas de serviços universal parecem não ter sido suficientes para permitir que a 4G se tornasse, de fato, universal na última década. A nova etapa é a humanização das políticas regulatórias. O importante não é o que se licita, mas sim entender que as telecomunicações são uma necessidade social e de desenvolvimento.
CHILE | Claudio Araya, Subsecretário da SUBTEL do Chile
O objetivo do Chile é fomentar a 5G no país. A ideia é acabar com a exclusão digital e dar oportunidades para toda a população. Os projetos incentivados pela SUBTEL são para solucionar problemas de conectividade, buscar beneficiar a maior quantidade de pessoas e políticas de estado. O Chile é o primeiro país da região com um desenvolvimento da tecnologia 5G em todo o seu território nacional e segue lançando mais territórios. Estamos em 84% da conclusão do nosso plano de desenvolvimento. Queremos avançar mais nas indústrias de Cidades Inteligentes, Fábricas Inteligentes, Sistemas de Transporte Inteligente, Agricultura Inteligente, Construções Inteligentes e Climatologia Inteligente.
URUGUAI | Guzmán Acosta y Lara, Diretor Nacional da DINATEL
O Uruguai realizará o leilão de 3.5 GHz para a 5G, o que compromete o cumprimento da cobertura nacional e implica um forte compromisso e progresso na infraestrutura de telecomunicações. A agenda digital do Uruguai busca promover o desenvolvimento de tecnologias, competências e habilidades digitais, uma sociedade digital inclusiva, além de outros temas. O Uruguai conseguiu diminuir a exclusão digital e até as barreiras geográficas ao contemplar quase 99% do território com cobertura 4G, algo que o próximo leilão continuará promovendo.
AMÉRICA LATINA E CARIBE | Lucrecia Corvalán, Gerente de Relações Internacionais e Políticas Públicas da GSMA LATAM
É extremamente importante conhecer o diagnóstico de conectividade na América Latina: 93% da área tem cobertura, logo a brecha digital é de 7%. Porém, 31% têm cobertura, mas não usa a internet, configurando uma brecha de uso. As barreiras para conectividade são desigualdade de renda, políticas fiscais de curto prazo, e as ferramentas tradicionais de políticas como os Fundos de Serviços Universais (FSU) são ineficientes, ou seja, a brecha de demanda é a mais significativa. Para acabar com a brecha de conectividade definimos um modelo que considera aspectos para se chegar na conectividade esperada. São necessários quatro passos para a conectividade universal: 1º impulsionar a demanda e eliminar os impostos à conectividade, 2º considerar soluções alternativas para ampliar a conectividade, 3º ampliar a base de contribuição dos FSU e 4º maximizar a efetividade dos investimentos do FSU.
AMÉRICA LATINA| Mauricio Agudelo, Coordenador da Agenda Digital do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF)
Apesar dos avanços no desenvolvimento digital da América Latina e do Caribe, importantes desafios persistem na fronteira digital. A região está em um nível de digitalização intermediário em relação ao mundo, muito distante do nível avançado de maturidade digital de países como os agrupados na OCDE, cujos investimentos passam do dobro do valor em relação aos países do CAF. O 5G é a base do ecossistema digital, por possuir maior largura de banda, diminuição da latência e hiper conectividade. Esse ecossistema precisa de espectro, regulação, capacitação, inovação, infraestrutura. Os setores potencializados com a tecnologia serão: agroindustrial, smartcities, setor manufatureiro, setor logístico.
A 5G Americas é uma associação de trabalho didático, cujo princípio é explicar àquelas pessoas que tomam decisões quais são as melhores práticas sugeridas pelas entidades internacionais de telecomunicações, comunicar sobre as especificações técnicas de cada tecnologia e promover encontros entre tomadores de decisões e especialistas, agindo como facilitador na compreensão dos mercados com base em experiências passadas. Para tanto, entre as atividades, está a realização de eventos, como o Wireless Technology Summit (WTS), acompanhe o evento pelo nosso anal do Youtube da 5G Americas CALA.