“Hoje em dia, os cargos para quem está começando em uma determinada área, exigem um certo tempo de atuação, então antes de conseguir o meu emprego eu nunca conseguia nem passar da primeira fase”, explica Valéria Melo de Sousa, assistente de mídias sociais da iniciativa privada de financiamento estudantil, Pravaler. A jovem de 19 anos é estudante de publicidade e propaganda, e é uma das exceções dentre sua faixa etária a já conseguir um cargo efetivado no ramo.
Uma vez que a falta de experiência profissional possa ser uma grande barreira para os brasileiros que buscam o primeiro emprego, a importância de investir em um portfólio de vivências acadêmicas se faz imperativa. Outra pesquisa do IBGE, realizada em 2021, aponta que 72% dos brasileiros que concluíram o ensino superior estavam empregados. Portanto, a importância de investir em uma graduação de qualidade é essencial para impulsionar-se no mercado. Mas, muitas vezes, principalmente para estudantes mais jovens, permanecer estudando pode ser um outro desafio por si só.
Uma pesquisa realizada pela Workalove, edtech especializada em orientação e desenvolvimento de carreiras, em parceria com o Instituto Semesp, apontou que os problemas financeiros são o principal motivo para os estudantes abandonarem seu curso, se fazendo presente, principalmente para os veteranos (38,2%) e concluintes (38,7%). Nesses casos, muitos dos estudantes recorrem a iniciativas de financiamento, como o próprio Pravaler, que permite que jovens deem continuidade à sua graduação, colaborando com as experiências educacionais e abrindo portas profissionais para jovens, como a Valéria, a darem o primeiro passo no mercado de trabalho.
Além dos problemas financeiros, a pesquisa também aponta que pelo menos 23,4% dos estudantes em diversos momentos de sua jornada acadêmica têm receio em não conseguir um emprego em sua área de formação. Além disso, 21,87% dos concluintes temem não conseguir qualquer oportunidade de emprego.