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O uso de big data na saúde: os benefícios e cuidados que devem ser tomados pelos médicos

(Juliana Callado Gonçales *)

O uso de big data tem crescido exponencialmente em todas as áreas da ciência nos últimos anos e com a medicina não foi diferente. Na Universidade de San Diego, nos Estados Unidos, há um núcleo de pesquisa específico sobre o uso de big data na rotina e procedimentos de saúde. Assim, o uso de big data em favor da saúde é uma realidade a cada vez mais desenvolvida e utilizada nas rotinas médicas.

Mas, que realmente ele é? big data são dados com maior variedade que chegam em volumes crescentes e com velocidade cada vez maior, incapazes de serem gerenciados por softwares tradicionais.

Na área da saúde, os principais fornecedores de informações que alimentam os bancos de dados são: aplicativos e dispositivos de monitoramento de atividades pessoais, prontuários eletrônicos, exames e laudos online enviados remotamente e arquivos digitais fornecidos por instituições de atendimento, como clínicas, enfermarias do trabalho, entre outras áreas.

O big data realiza o cruzamento desses dados obtidos por meio dessas diversas fontes possibilitando a obtenção de insights rápidos e capazes de ajudar nas rotinas médicas.

Porém, grandes quantidades de dados não necessariamente significam boas informações. A beleza do big data está justamente na eficácia do cruzamento de informações para obter os resultados que possam efetivamente auxiliar na tomada de decisões, o que depende do engajamento de uma equipe multidisciplinar, como engenheiros de tecnologia da informação, cientistas de dados e demais profissionais capazes de processar esse sistema. Por conta da devida curadoria e organização dessas informações de acordo com os objetivos da organização, é possível gerar o conhecimento capaz de agregar valor.

Suas vantagens  no setor da saúde são inúmeras, como no auxílio da identificação de necessidades dos pacientes, na prescrição eletrônica de relatórios clínicos, na medição do desempenho e gerenciamento dos tratamentos médicos, na redução de custos e ainda permite maior agilidade e precisão nos diagnósticos clínicos.

Deve ser evidenciado que o objetivo do uso de big data é de mero auxiliar na tomada de decisão da equipe médica e assistencial. Ou seja, a decisão final acerca do tratamento mais adequado sempre será do profissional, que jamais será substituído. O big data apenas produz um dado bruto que depende do conhecimento e experiência exclusiva dos médicos para poder auxiliar nos diagnósticos e indicação de tratamentos.

Assim, a importância do big data na saúde é imensa, mas ela não gira em torno da quantidade de dados que serão processados e sim a informação que será extraída deles, seja para as análises médicas, seja na gestão do hospital/clínicas.

Refere aos cuidados que o uso do big data exige, seu uso exige o cuidado redobrado com a privacidade e segurança da informação. Assim, a implementação de um Sistema de Segurança da Informação (SGSI) que garanta a proteção dos dados por meio de firewalls, controles de acesso, troca de informações criptografadas, anonimização dos dados antes de torná-los públicos ou abertos para profissionais de outras áreas torna-se imprescindível.

Considerando que o principal objetivo do big data é a extração de informações capazes de auxiliar na condução estratégica do negócio, bem como nos diagnósticos clínicos no caso da área da saúde, o seu uso desacompanhados de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI) pode representar um verdadeiro desastre.

Em resumo, pode-se dizer que o SGSI são os planos, estratégias, políticas, medidas e controles desenvolvidos em prol da segurança da informação, de modo a garantir a confidencialidade, integridade e disponibilidade da informação dentro da organização.

A SGSI depende de tecnologias e pessoas. Assim, é inútil adquirir um software de ponta para cuidar da segurança da informação do hospital ou clínica se as pessoas que manuseiam tal sistema não estão comprometidas com a cultura em prol da segurança da informação.

De modo geral, o SGSI depende de alguns critérios, que são: mapeamento e classificação dos dados, criação de políticas e procedimentos e a manutenção e atualização dessas políticas e procedimentos.

Assim, o uso de tecnologias como o big data apenas cumprem o fim a que se destinam se é imprescindível que o hospital, clínicas médicas, laboratórios e profissionais da saúde elevem a segurança da informação como um aspecto essencial da gestão e do exercício profissional.

Esta mentalidade deve estar intrínseca em toda a organização, de forma que os profissionais de todos os níveis hierárquicos estejam conscientizadas da importância das ações de adequação e manutenção de um programa de proteção de dados, que deve conter, no mínimo uma governança de proteção de dados, gestão de dados pessoais, forte segurança da informação, unida à gestão de riscos e, obviamente, controle de incidentes.

*Juliana Callado Gonçales é sócia do Silveira Advogados e especialista em Direito Tributário e em Proteção de Dados (www.silveiralaw.com.br)

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