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Biólogos alertam: pandemia de Covid-19 deixou combate à endemia de dengue em segundo plano

Conselheiros do CRBio-01 avaliam que verão aumentará as taxas da doença, que atingiu 1 milhão de brasileiros neste ano, e pedem mais cuidados com os mosquitos à população e às prefeituras

 

Biólogos especialistas do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01) fazem um alerta sobre os riscos de aumento da endemia de dengue, além da zika e chikungunya neste verão, que começa no próximo dia 21. Em 2020, já foram registrados quase um milhão de casos de dengue no Brasil, com pelo menos 528 mortes. Segundo eles, a incidência dessas doenças, causadas pelos mosquitos Aedes aegypti, pode crescer ainda mais, por causa das medidas relacionadas à pandemia da Covid-19 e do aumento dos mosquitos nesta época do ano. A quantidade de casos pode ter sido subnotificada por causa da Covid-19 e a fiscalização foi reduzida devido às medidas de isolamento. O CRBio-01 apela à população e às prefeituras, para que os cuidados sejam redobrados.

O último balanço do Ministério da Saúde, apresentado dia 14 de novembro, mostrou que foram registrados 971.136 casos de dengue no país. Os estados com as maiores taxas de incidência são o Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso. Nesse período foram confirmados 528 óbitos por dengue, 76,8% deles no Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul. Até a mesma data foram notificados 78.808 casos de chikungunya, sendo 67,4% na Bahia e Espírito Santo, com um total de 25 óbitos. Além disso, até 24 de outubro foram notificados 7.006 casos de zika. Os estados da Bahia e Rio Grande do Norte concentravam 45,8% dos casos de zika.

Com as atenções voltadas para a pandemia da Covid-19, a fiscalização para eliminação de criadouros do mosquito acabou afrouxada. Sérgio Bocalini, conselheiro do CRBio-01 e vice-presidente executivo da Associação dos Controladores de Vetores e Pragas Urbanas (Aprag), afirma que a fiscalização é responsabilidade do poder municipal, por meio das vigilâncias sanitárias e, caso existam, dos centros de zoonose. “Não fizemos nossa lição de casa, novamente. Durante o auge da pandemia, as fiscalizações diárias para eliminação de criadouros do Aedes foram suspensas, e agora acontecem num ritmo reduzido. Teriam que ter sido intensificadas desde setembro”, avalia Bocalini.

O quadro é agravado pela demora no início e pouca repercussão das campanhas publicitárias educacionais em 2020, quando a prioridade foi o novo Coronavírus. As campanhas cumprem a função de orientar a população a eliminar reservatórios de água que possam se tornar criadouros de Aedes.

O biólogo entomologista da Faculdade de Saúde Pública da USP, Paulo Roberto Urbinatti, conselheiro do CRBio-01, explica que o Aedes aegypti é um mosquito urbano, que vive nos domicílios, principalmente em casas e andares baixos de prédios. A fêmea copula com o macho e necessita de sangue para fazer o processo de maturação de ovos no seu interior. A preferência é por sangue humano.

A fêmea, então, coloca seus ovos na parede de diferentes recipientes. Os ovos podem resistir nas paredes por até um ano. Quando chove, o nível da água sobe, o ovo fica imerso e desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o mosquito adulto. No verão, o processo de desenvolvimento acontece entre oito e 15 dias.

“O poder público tem responsabilidade, mas é muito importante que a população colabore. São pequenas ações que ajudam bastante”, afirma Paulo Urbinatti. A recomendação principal é a retirada dos quintais e domicílios de qualquer recipiente que possa reter água: recipientes de plástico (vasilhames, copos, pratos na base de vasos de plantas, cones de sinalização e até papéis de bala), pneus, caixas, carcaças de veículos etc. Caso não seja possível fazer a remoção – por exemplo, de um chafariz ou das folhas de plantas – a orientação é a utilização de produtos para impedir a proliferação das larvas do mosquito. Quanto às caixas d’água, a recomendação é de que fiquem sempre tampadas.

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