88% dos brasileiros se importam com o sofrimento dos animais nas fazendas, revela pesquisa

Levantamento do Datafolha, encomendado pela ONG Fórum Animal, mostra ainda que 84% dos consumidores comprariam em outro lugar se soubessem que estabelecimento vende produtos de fazenda onde há maus-tratos

Um estudo inédito, conduzido pelo Datafolha a pedido da ONG Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, mediu o grau de interesse dos brasileiros em relação ao bem-estar dos animais criados em fazendas e sobre quais marcas de supermercados deveriam se comprometer a oferecer produtos cuja matéria-prima vem de propriedades que adotam medidas para reduzir o sofrimento animal.

O resultado mostrou que praticamente 9 de cada 10 brasileiros (88%) maiores de 16 anos se importam, em maior ou menor grau, com o sofrimento dos animais nas fazendas. Foram entrevistadas 2073, 64% indicaram se importar muito e 24% se importar um pouco. Na estimativa populacional do Brasil para 2021, o percentual de quem se importa corresponde a aproximadamente 148 milhões de pessoas.

Uma constatação da pesquisa é que o percentual aumenta entre os mais jovens, com idade entre 16 e 24 anos (93%), entre aqueles que possuem ensino superior (91%) e brasileiros das classes A/B (89%), composta por maioria feminina. O percentual dos que dizem não se importar (apenas 9% do total da amostra), é maior entre pessoas com 60 anos ou mais (14%), pessoas com apenas ensino fundamental completo (13%) e residentes na região Sul (13%).

Realizado entre os dias 8 e 11 de setembro de 2021, o questionário foi respondido por moradores de todas as regiões do país e selecionou, inicialmente, aqueles que costumam fazer compras em supermercado ou hipermercado. Conforme o estudo, 84% dos entrevistados disseram que, se soubessem que um estabelecimento comercializa produtos cuja matéria-prima vem de uma fazenda que maltrata animais, mudariam o local das suas compras.

(*) Pesquisa – O Instituto Datafolha entrevistou presencialmente, entre 8 e 11/09/2021, 2.073 pessoas em todo o Brasil, com 16 anos ou mais, distribuídas em 130 municípios das cinco regiões do país. A margem de erro máxima para o total da amostra é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, dentro do nível de confiança de 95%.

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