De maneira geral, as clínicas de vacinação privada contam com opções complementares às disponíveis na rede pública de saúde, seja no ponto de vista de capacidade de imunização ou de faixa etária. No SUS, por exemplo, a vacina da gripe (trivalente – 2 cepas de vírus A e 1 cepa de vírus B) está disponível apenas grupos prioritários como crianças entre seis meses e seis anos, idosos acima de 60 e profissionais de saúde. Entretanto, quem quiser se proteger mesmo não pertencendo a faixa de risco, pode optar pela vacinação privada com a vacina tetravalente (2 cepas de vírus A e 2 cepas de vírus B). Além disso, alguns imunizantes, como o que protege contra a dengue, só estão disponíveis no setor privado.
O mercado farmacêutico tem faturamento médico estimado na casa dos US$ 30 bilhões com venda dos imunizantesi. Esse é um mercado bastante importante para todos os players da cadeia: desde à indústria farmacêutica, passando pelas distribuidoras, até chegar às clínicas aplicadoras das vacinas.
A Profarma Specialty, empresa do grupo AmerisourceBergen – líder mundial em medicamentos especiais –, enxerga o setor com um grande potencial de crescimento no país. “Nós estávamos passando por um movimento antivacina que ganhava força e fomos surpreendidos por uma pandemia que agora nos faz lembrar diariamente da importância de cumprir o calendário de vacinação para o controle da disseminação de diversas doenças. “Esse é um mercado que ainda vai crescer muito, seja no âmbito público ou privado, inclusive impulsionado pela necessidade de vacinação contra o novo coronavírus. Acreditamos que o setor deve ter um avanço de 25% nos próximos dois anos”, explica Luís Carlos Andrade, Gerente Nacional de Vendas da Profarma Specialty.
A Profarma Specialty está entre as três maiores distribuidoras do mercado brasileiro e atua com as principais indústrias do segmento e aproximadamente 10% do seu faturamento anual é referente à venda e distribuição de vacinas. “Anualmente, distribuímos pelo menos 1 milhão de unidades para todo o território nacional e o grande desafio desse processo é o fato de que são produtos que exigem uma condição específica de armazenamento, como refrigeração entre 2ºC e 8ºC. É necessário ter uma grande expertise em cadeia fria, principalmente, em um país continental como o nosso com variação de temperatura ambiente que chega a mais de 20ºC entre uma região e outra”, complementa.
As vacinas para a COVID-19 têm um grande potencial de movimentar o mercado privado futuramente. “Essa é uma discussão complexa e bastante controversa, mas somadas à vacina da gripe, o principal desafio se deve a logística desses imunizantes, pois se trata de um grande número de lotes liberados pela Anvisa e que são distribuídos para todo o país, já que toda a população precisa ser vacinada, ao contrário de outras vacinas que focam em apenas um grupo de risco”, finaliza.
Além de equipamentos adequados, para chegar no nível de qualidade que a Profarma Specialty entrega aos clientes, a empresa conta com centros de distribuição em sete localidades pelo Brasil, além de equipe técnica e logística que garante o cumprimento das regras das agências reguladoras e das especificações dos fabricantes para evitar a perda dos produtos.
Referências:
[1] Acesso a vacinas no Brasil no contexto da dinâmica global do Complexo Econômico-Industrial da Saúde – encurtador.com.br/bCGH4