Transformação digital é apontada como fator determinante para fortalecimento da economia, durante 30º Fórum BNB de Desenvolvimento
O Fórum BNB de Desenvolvimento marcou as celebrações pelos 72 anos de existência da instituição (Foto: Fernando Cavalcante\BNB)
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Os desafios e as oportunidades na era digital foram debatidos, nesta quinta-feira, 18, em Fortaleza (CE), durante a 30ª edição do Fórum Banco do Nordeste de Desenvolvimento, que apontou a necessidade de as empresas adotarem novas tecnologias para crescerem de forma sustentável. Segundo o presidente do BNB, Paulo Câmara, é preciso focar na produtividade e na produção de bens de maior valor agregado para transformar o perfil das empresas na região.
“Nós apoiamos estudos, empreendimentos, políticas e negócios que podem transformar a economia nordestina. Os desafios são muitos e se renovam principalmente nessa ambiência de incertezas e complexidade que experimentamos no contexto de uma era digital. É um desafio, acima de tudo, que todo esse processo seja inclusivo e redistributivo”, afirmou Paulo Câmara.
O Fórum BNB de Desenvolvimento marcou as celebrações pelos 72 anos de existência da instituição e foi realizado na sede do Banco. Durante a abertura do evento, o presidente Paulo Câmara destacou o potencial nordestino para investimentos em agronegócios, turismo, energia, transporte e logística. Segundo ele, a inclusão socioeconômica proporcionada por políticas publicas consistentes resgata a dignidade de uma legião de brasileiros à margem do consumo.
Para o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento da Indústria (ABDI), Ricardo Capelli, uma das principais missões da Nova Indústria Brasil, programa criado pelo Governo Federal para impulsionar a indústria nacional até 2033, é estimular a transformação digital das indústrias e o desenvolvimento de novas tecnologias. “Não existe país desenvolvido no mundo sem uma indústria forte. A indústria é quem paga mais impostos no Brasil, quem contribui para a arrecadação nacional, então é muito importante fortalecer a indústria”, disse.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), Carlos Prado, reforçou o papel protagonista da Região Nordeste na transição energética do país. “O mundo está descobrindo que o nosso Nordeste tem as melhores condições naturais para a geração de energias renováveis. Isso explica a chegada de grandes investidores internacionais”, explica.
Consórcio Nordeste
A governadora do Rio Grande do Norte e presidente do Consórcio Nordeste, Fátima Bezerra, apresentou uma visão sobre o mercado externo como vetor de crescimento dos estados do Nordeste.
Segundo ela, os estados nordestinos são responsáveis pelo posicionamento do Brasil entre os cinco maiores produtores mundiais de energia renovável. A governadora também destacou o alto potencial da região na produção de energia eólica em alto-mar e de hidrogênio verde. Para Fátima, a transição energética deve vir acompanhada de inclusão social. “O Brasil é a bola da vez e esta oportunidade não pode ser desperdiçada”, complementou.
A presidente do Consórcio Nordeste também defendeu a criação de um fundo de financiamento para a Caatinga, que deve investir em ações contra o desmatamento e a desertificação, ao passo que deve apoiar projetos que tirem proveito do potencial genético e biodiversidade do bioma.
Por fim, a governadora destacou a parceria do governo brasileiro com a China, para implantação de fábricas de equipamentos para a agricultura familiar nordestina, responsável por mais da metade dos alimentos consumidos no Brasil.
Parceria Público-Privada
Na oportunidade, o BNB e o Governo do Estado do RN firmaram acordo de cooperação com o objetivo de estruturar projeto de Parceria Público-Privada (PPP) para eficientização energética de edificações públicas do Rio Grande do Norte, por meio de fontes de energias renováveis.
Ao final do evento, em sessão solene, recebem homenagens Milton Magalhães Silva (Comenda Empresarial); o economista Luiz Esteves (Comenda acadêmica); e a governadora Fátima Bezerra (Comenda político-institucional).
Paulo Câmara afirma que o desafio é desenvolver a economia de forma inclusiva (Foto: Fernando Cavalcante\BNB)