Talentos cearenses na maior Feira de Ciência e Engenharia do mundo

Os alunos Marcos Ivan da Silva Felix e Filipe Holanda Dias, da cidade de Iracema/CE, são dois dos selecionados para a Regeneron ISEF.

Dois estudantes cearenses estarão representando o Brasil e o Ceará na Regeneron ISEF (International Science and Engineering Fair), que acontece entre os dias 11 a 17 de maio, em Los Angeles, Califórnia (EUA), considerada a maior feira pré-universitária de ciências do mundo.

Eles foram premiadaos na Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), que é considerada a maior feira de jovens pesquisadores da América Latina.

A Mostratec é a feira brasileira mais antiga que participa desse importante evento científico. Desde 1993, quando fez sua estreia, não deixou de comparecer no evento.

Passados 30 anos, mais uma vez uma delegação de finalistas brasileiros, credenciados pela Mostratec, representará o país na ISEF. São 12 estudantes oriundos de diferentes Estados da federação.

Conheça o projeto do Ceará que foi credenciado através da Mostratec:

Projetando fármacos por inteligência artificial: Novos curcuminóides para o tratamento do carcinoma de células renais papilífero tipo 2

Estudantes: Marcos Ivan da Silva Felix (17) e Filipe Holanda Dias (16).

Orientador: Helyson Lucas Bezerra Braz

Instituição: EEMTI Deputado Joaquim de Figueiredo Correia

Esse estudo foi realizado para investigar possíveis tratamentos para um tipo agressivo de câncer de rim chamado carcinoma de células renais papilífero tipo 2 (CCRp2). Esse problema apresenta um aumento rápido no crescimento celular, resistência a quimioterapia e potencial de metástase. Os jovens pesquisadores propuseram uma abordagem inovadora com inteligência artificial em diversas etapas para encontrar compostos similares à curcumina, uma substância encontrada no açafrão-da-terra, que tem mostrado atividade contra diversos tipos de câncer. Eles identificaram uma proteína chamada HIF-1α como central na regulação do CCRp2 e usaram simulações computacionais para encontrar moléculas derivadas da curcumina que interagissem bem com essa proteína. Os resultados sugeriram que duas dessas moléculas, têm potencial terapêutico significativo com baixo risco de toxicidade, oferecendo uma nova esperança no tratamento do CCRp2. Na última etapa as estruturas foram sintetizadas em laboratório e seguirá para futuros testes. O trabalho foi desenvolvido no laboratório de Farmacologia de Venenos e Toxinas (LAFAVET/NPDM) da Universidade Federal do Ceará.

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