Startup Adiaŭ consolida a transmissão de velórios virtuais no país
Despedir, pela última vez, dos entes queridos, constitui ritual celebrado nos diversos lugares e culturas do mundo. É o momento em que familiares e amigos buscam e dão apoio, carinho e conforto pela dor da perda. Íntima e solene, é a cerimônia do adeus derradeiro.
Antes estritamente presencial, o advento da revolução digital gerou a possibilidade da despedida fúnebre ocorrer a distância, a partir de qualquer parte do mundo. E é nesse contexto que a startup Adiaŭ surge como integradora de soluções. O nome, em Esperanto, significa ‘Adeus’.
Oferece, em ambiente virtual, a oportunidade de se manter viva a essência desta comunhão fraterna. Na sociedade globalizada, torna-se cada vez mais comum famílias estarem divididas, em diversas cidades e países. Por ocasião da perda de algum ente querido, nem sempre é possível a reunião presencial para o ritual de despedida.
Funcionamento
A startup mineira Adiaŭ identificou a melhor tecnologia para viabilizar a transmissão de velórios online. Desenvolveu solução completa para empresas do setor funerário poderem oferecer a transmissão das cerimônias de despedida ao vivo, de forma simples, segura e gratuita, via internet.
A privacidade das cerimônias é garantida por meio de senha cadastrada para cada família. Assim, somente as pessoas autorizadas recebem acesso à transmissão ao vivo.
A plataforma permite que cada funerária, cemitério ou crematório utilize o sistema de cadastro, ao receber login e senha de administração. Oferece câmeras mais adequadas para as transmissões, com conectividade IP e áudio integrados.
Para além da pandemia
Pessoas do mundo inteiro foram fortemente impactadas pelas decorrências da pandemia. Porém, a solução da startup Adiaŭ não foi desenvolvida apenas para resolver as limitações de tempo e acesso aos velórios de vítimas da C-19. Permite que qualquer pessoa, impedida do comparecimento presencial, não importa o motivo, possa participar das cerimônias, via internet.
“Acredito que a tecnologia deve ser, sempre, uma aliada das necessidades humanas. Dezenas de funerárias, cemitérios e crematórios já equiparam suas salas com nossa tecnologia de transmissão, para oferecer este serviço sem qualquer custo adicional às famílias. É extremamente gratificante contribuir com a inclusão de pessoas em momentos tão importantes em suas vidas” diz Denilson Rocha, CEO da startup.
Validação
Pesquisa realizada dentro do Sistema Prever, empresa que atua no segmento funerário há 50 anos, revela que 89% das famílias alegam ter, ao menos, um familiar ou amigo que não poderá fazer presença na cerimônia fúnebre. Sondagem foi feita com 222 famílias enlutadas, na unidade Prever de São José do Rio Preto-SP, entre os dias 23/08/2021 e 10/09/2021.
De acordo com Fábio Corrêa, Supervisor de Recursos Humanos do Sistema Prever, “no dia dos pais, veio a óbito, por complicações pós Covid-19, um senhor de 55 anos. Seus dois filhos e esposa estavam há 17 dias sem poder vê-lo, por conta da internação. E também não poderiam marcar presença na cerimônia fúnebre, pois estavam com C-19. A tecnologia permitiu que pudessem participar desta última homenagem. A gratidão que demonstraram fez todo o nosso empenho valer a pena”, relatou.
Abrangência
Com apenas um ano de operação, a startup já enviou câmeras para equipar empresas em mais de 80 cidades de 17 estados do país. E a expansão nacional continua.
“Antes de contratar um serviço funerário, as famílias devem perguntar se a empresa oferece a transmissão da cerimônia ao vivo. Para os familiares distantes, é uma forma de estarem presentes. A tecnologia já está acessível em grandes capitais e cidades do interior. Basta solicitar a transmissão ao vivo, para receber uma senha de acesso à plataforma digital. Simples, gratuito, e de grande importância social”, finaliza o empreendedor Denilson Rocha.
Mais de 100.000 acessos a cerimônias foram feitos, gerando inclusão de pessoas de todo o mundo – são familiares e amigos não puderam participar por morarem longe (inclusive outros países), ou que são idosos, portadores de deficiências físicas, ou que possuem qualquer outro impedimento de deslocamento, incluindo o grande impacto causado pela Covid-19.