SARAU DAS PALAVRAS Poesia, trova, conto, música e crônica enaltecem o ambiente cultural na última semana do mês na sede da AAFEC
O Jornal do Comércio do Ceará foi conferir esse evento “O Sarau das Palavras” que acontece toda última quinta-feira do mês, às 17h, na sede da AAFEC. O evento reúne mensalmente amantes da literatura e da música e é aberto ao público. A cada mês o encontro aborda uma temática e no mês de abril, enfocou o tema “amigo”; em maio vamos falar sobre as mães. Os participantes apresentam espontaneamente músicas, contos, causos, versos, poesias e poemas sobre todos os assuntos.
Na última quinta desse mês de abril o associado Pereirinha, como é conhecido por todos, como sempre, abriu o evento com belas palavras homenageando a todos os presentes e recitando um belíssimo poema na sede da Associação dos Funcionários Fazendários-AAFEC, sediada na Rua 25 de Março, 537 – Centro – Fortaleza/Ceará.
Registre-se que a AAFEC no próximo dia 13 de maio comemorará seus 31 anos de profícua existência na defesa dos direitos e interesses da atuante categoria dos fazendários cearenses.
A cantora e compositora Rebeca Câmara começou interpretando uma bela canção do conhecido Tom Jobim.
Esse é um exemplo que todas as entidades deveriam seguir, pois além de unir e trazer felicidade para os participantes é momento de descontração, lazer e descoberta de novos talentos, como podemos perceber na apresentação da jovem Joaanna Alyce, uma menininha de apenas 9 anos, que não perde uma reunião do Sarau da AAFEC. A bela menina cantou de forma magistral as canções de Tim Maia, Ivan Lins e contagiou os presentes com uma performance de uma verdadeira artista profissional.
Apresentaram-se também poetas associados da entidade que, com uma lavra de belíssimos poemas, enriqueceram aquele final de tarde na sede da Associação, dentre eles: Vital Arruda de Figueiredo, Antonio Miranda, Vicente Alencar, Heitor Lavor, José Batista de Oliveira e muitos outros. Há de se destacar também a presença ilustre da Diretora Financeira da entidade,
Francisca Elenilda dos Santos e o diretor José Nagibe Pontes, que assumiu a direção comercial do Jornal do Comércio do Ceará, já aportando resultados satisfatórios no desempenho do departamento, dirigindo uma equipe de 5 funcionárias.
Ao final, o poeta Washington Arrais declamou um poema emocionante abordando o sacrifício de Cristo para melhorar o mundo e destacou seu sofrimento na cruz. Finalizou com uma canção que no seu entender une todas as religiões em torno do evangelho de Cristo.
Enviei seu poema para o endereço eletrônico:
jornaldocomerciodoceara@gmail.com
MENDIGO
Nesta vida eu nada tenho, sou mendigo
Tenho um coração que me faz viver
Sou um grande problema a todos digo
Que sofro ver o dia amanhecer.
Meu manto são as folhas que me aquecem
Nas madrugadas tristonhas de inverno
Vou perdoando a todos que me esquecem
Seguindo minha vida neste inferno.
Vou então na minha estrada a mendigar
Pedindo proteção ao criador
Na esperança de um dia encontrar
Um lugar desprovido de maldade
Que eu possa minimizar minha dor
Sempre ao lado de Deus na eternidade.
Vital Arruda de Figueiredo MENDIGO
A VIDA
Sou apaixonado pela vida,
e dela tiro o que posso.
Sou apaixonado pela vida
e dela desfruto o que posso,
o que é possível.
o bem,
o certo,
o belo,
o tranquilo,
o ético.
Fazem a vida muito melhor,
o amor,
o carinho,
a ternura.
Cresceu a vida em si,
dentro de mim.
Sou apaixonado pela vida
e adianto a você:
apaixone-se,
você merece ser feliz!
Vicente Alencar
TUA CRUZ
Ama Jesus, amigo, ama Jesus,
Ama Jesus, como Jesus te amou;
Segue o caminho para achar a luz
Na mesma Estrada que Jesus andou.
Aquela Estrada, amigo, nos conduz
A coisas lindas que ninguém sonhou.
Mas, no percurso, dirás: “Não supus
Que fosse tão difícil pro que eu sou”.
É, meu amigo, a cruz é bem pesada,
A Estrada é longa e o leito é pedregoso.
Precisarás de mais uma jornada.
Que tenhas tu a sorte de Jesus,
Para que encontres um Simão bondoso
Que te auxilie a carregar a cruz.
Heitor Lavor
GAIVOTA
De repente,
estou sobrevoando o mar,
apreciando a imensidão das águas
e a alegria dos peixes,
que escolho para alimento.
Meu tamanho
segura pouco do vento apressado,
que passa com alegia,
deixando sorriso
no movimento que faço,
de asas abertas,
contribuindo com
o meu pequeno
corpo e gesto,
para a vida na natureza.