Saiba como evitar golpes pelo WhatsApp
Com base nas últimas estratégias de “Engenharia Social” associadas ao WhatsApp, identificadas nesta semana, especialista em Ciberseguranca da Cipher orienta sobre como as pessoas podem se se proteger de invasões a dispositivos particulares e combater o acesso indevido a dados pessoais | ||
Muito ouvimos falar em segurança de dados. Nem os usuários mais experientes estão imunes a ter seus dados expostos, mesmo com todos os cuidados recomendados por especialistas de cibersegurança e os próprios provedores de serviços de telefonia, aplicativos e redes sociais. A dinâmica dos criminosos da era digital é tão impressionante que mal as empresas criam mecanismos de defesa contra ataques, invasões e vazamento de dados, novos golpes surgem para colocar em risco informações sensíveis de quem utiliza dispositivos conectados.
Nesse cenário, o perigo mais recente vem do aplicativo mais empregado no mundo para troca de mensagens, o WhatsApp. O software, que até pouco tempo dependia somente da confirmação de um telefone cadastrado para acesso, implantou um sistema de dupla autenticação para proteger dados dos usuários. Mas a dupla autenticação tão disseminada no mercado para segurança não é mais suficiente, porque não demorou para que cibercriminosos criassem um anova estratégia para burlar a segurança da aplicação que contabiliza mais de 2 bilhões de usuários no mundo, 120 milhões deles só no Brasil. É o próprio usuário que permite o acesso de hackers maliciosos Normalmente o golpe começa por um telefonema no qual o criminoso se identifica como agente de pesquisa – por exemplo, do Ministério da Saúde, acompanhando a pandemia da Covid-19. Essa encenação tem por objetivo enganar a vítima, que é induzida a acessar um código enviado por SMS para seu telefone e, sem perceber, informa ao interlocutor o PIN (senha) para modificar o formato de segurança da aplicação. Um segundo contato, dessa vez de um suposto “suporte” da ferramenta de mensagens, orienta ao usuário acessar a conta de e-mail para cancelar a dupla autenticação, permitindo que o criminoso, que a essa altura já alterou o acesso inicial, tenha o controle das mensagens e da lista de contatos da vítima. O que diz o especialista em cibersegurança: Segundo Fernando Amatte, Latam Cyber Intelligence and RedTeam Director da Cipher, empresa de cibersegurança do grupo Prosegur, boa parte dos golpes aplicados na atualidade são resultado de um trabalho que une tecnologia e psicologia, chamado de “Engenharia Social”, uma vez que os usuários são o elo mais fraco da cadeia cibernética. “É mais fácil enganar uma pessoa do que quebrar senhas e invadir ambientes por meio de ferramentas tecnológicas”, sinaliza. E, devido à sua popularização, atingindo usuários de todos os níveis de conhecimento em tecnologia, o WhatsApp é um dos alvos recorrentes dos criminosos da internet. Veja abaixo algumas dicas oferecidas pelo especialista para frustrar a ação dos cibercriminosos:
O especialista reforça que os cuidados com a segurança digital são tão importantes como os que as pessoas têm, no dia a dia, com a segurança pessoal. Da mesma forma que não se deve abrir a porta de casa para estranhos, é importante proteger dispositivos conectados, que facilmente podem ser acessados por desconhecidos, normalmente por erros dos próprios usuários. “É preciso ter consciência de que não só as paredes têm ‘ouvidos’, mas equipamentos conectados também. |