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Reservas hídricas no Ceará aumentam: desafios permanecem

Ainda é cedo para afirmar que 2025 será um “excelente inverno” para o Ceará, apesar do aumento das reservas hídricas. A quadra chuvosa, que vai de fevereiro a maio, está na metade, e as condições climáticas podem mudar nas próximas semanas.

 

Por Rogério Morais
O Ceará começou o mês de março de 2025 com quase a metade de suas reservas hídricas acumuladas nos açudes monitorados pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). O volume representa uma melhora em relação ao mesmo período do ano passado, quando os reservatórios estavam com apenas 37% da capacidade. Atualmente, nove açudes estão sangrando, enquanto em fevereiro de 2024 apenas dois haviam atingido sua capacidade máxima.
Desde o início de 2025, 27 açudes já verteram água, reflexo dos aportes registrados em algumas regiões do estado ao longo do mês. O número de reservatórios sangrando supera o do ano passado, evidenciando um aumento na recarga hídrica em determinadas áreas. No entanto, os aportes não ocorrem de maneira homogênea em todo o Ceará.

O presidente da Cogerh, Yuri Castro, explica que a recarga dos reservatórios depende de diversos fatores. “Nem sempre chuva resulta em aportes. As precipitações, mesmo quando na média ou acima dela, precisam ser constantes e ocorrer nas regiões corretas para gerar escoamento e, consequentemente, aumentar os volumes armazenados”, destaca.

Principais reservatórios
Entre os grandes açudes do estado, o Banabuiú atingiu 35% de sua capacidade. O Castanhão, maior reservatório do Ceará, que chegou a marcar apenas 2,1% de volume em 2018, atualmente acumula 27%. Já o Orós, segundo maior açude cearense, apresenta uma situação mais confortável, com 60% de sua capacidade preenchida.

As bacias hidrográficas do norte do estado apresentam um cenário mais favorável, com volumes superiores a 70% da capacidade total. No entanto, algumas regiões ainda inspiram preocupação, como os Sertões de Crateús, onde os açudes acumulam menos de 20%, e o Médio Jaguaribe, com volumes abaixo de 30%.

Monitoramento e gestão hídrica
Diante desse quadro, a Cogerh segue monitorando os reservatórios e implementando estratégias para garantir a gestão eficiente da água no estado. “O acompanhamento contínuo dos açudes nos permite antecipar cenários e tomar decisões estratégicas para o uso sustentável dos recursos hídricos. A gestão da água no Ceará é feita de forma técnica e participativa, sempre em diálogo com os Comitês de Bacias e demais atores envolvidos”, reforça Yuri Castro.
Ainda é cedo para afirmar que 2025 será um “excelente inverno” para o Ceará, apesar do aumento das reservas hídricas. A quadra chuvosa, que vai de fevereiro a maio, está na metade, e as condições climáticas podem mudar nas próximas semanas. Além disso, como explicou o presidente da Cogerh, o volume dos açudes não depende apenas da quantidade de chuva, mas também da sua distribuição e intensidade nas bacias hidrográficas corretas para gerar recarga.
Outro fator importante é a influência de fenômenos climáticos como o El Niño e La Niña, que podem afetar o regime de chuvas no estado. Se as precipitações continuarem regulares e bem distribuídas, o Ceará poderá fechar 2025 com uma boa recarga hídrica. Mas, para considerar o inverno “excelente”, seria necessário que os volumes aumentassem de forma mais homogênea em todas as regiões, especialmente nas mais críticas, como os Sertões de Crateús e o Médio Jaguaribe.

Aproveitamento da água
Diante da melhora no volume armazenado, especialistas apontam que é fundamental que as autoridades adotem medidas para garantir o uso sustentável da água e evitar crises futuras. Entre as principais ações que podem ser tomadas estão:

Ampliação da infraestrutura de armazenamento e distribuição
Construção e ampliação de açudes estratégicos em regiões críticas.
Interligação entre reservatórios para otimizar o abastecimento.
Expansão de adutoras para garantir água em áreas vulneráveis.
Proteção das fontes de água e recarga dos aquíferos
Recuperação de nascentes e matas ciliares para melhorar a infiltração da água.
Construção de barragens subterrâneas e cisternas para o armazenamento da chuva.

Medidas para reduzir o assoreamento de açudes e rios.
Uso racional e combate ao desperdício
Modernização da irrigação agrícola, incentivando o uso de sistemas mais eficientes como o gotejamento.
Fortalecimento da fiscalização para evitar desperdício e usos irregulares da água.
Incentivo à reutilização de águas residuais tratadas, especialmente em setores industriais e agrícolas.

Tecnologia e inovação na gestão hídrica
Monitoramento inteligente dos reservatórios com sensores e sistemas de previsão climática.
Pesquisas sobre dessalinização e aproveitamento da água do mar para abastecimento.
Desenvolvimento de sistemas de captação e reaproveitamento de água da chuva nas cidades.

Educação e participação popular
Campanhas para conscientização da população sobre o uso sustentável da água.
Incentivo à participação dos Comitês de Bacias, garantindo decisões mais democráticas na gestão hídrica.
Programas voltados para escolas e comunidades sobre a importância da preservação dos recursos hídricos.
A recuperação parcial dos reservatórios é um sinal positivo, mas os desafios da gestão hídrica continuam. Para que o Ceará possa aproveitar melhor suas águas e reduzir os impactos da seca no futuro, é essencial que haja planejamento, investimentos e participação ativa da sociedade.

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