A Rede de Inovação vai se organizar em quatro comitês técnicos: operacionalização; startups; infraestrutura e veículos autônomos e mobilidade. A presidência será rotativa e ficará em um primeiro momento sob a liderança do Instituto Eldorado.
O Secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, Carlos Da Costa, e mais sete instituições privadas parceiras vão participar do Conselho Consultivo da Rede, que definirá a estratégia e diretrizes de atuação. São elas: Confederação Nacional da Indústria (CNI), Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (ABINEE), Associação de Empresas de Desenvolvimento Tecnológico Nacional e Inovação (P&D Brasil), Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos e Odontológicos (ABIMO) e Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores ( Sindipeças), Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) e Associação Brasileira das Empresas Software (ABES).
Modalidades de Fomento
Serão quatro modalidades de fomento:
Tipo 1 – Projetos “tradicionais”
O primeiro tipo de projeto foca grandes e médias empresas, com Receita Operacional Bruta (ROB) maior que R$ 90 milhões no último ano. Elas recebem até 33% de aporte financeiro no portfólio nos projetos por parte da EMBRAPII – como é tradicionalmente feito nos projetos contratados pelas Unidades.
Tipo 2 – Projetos cooperativos, que envolvem duas ou mais empresas de diferentes portes para soluções. Tem o objetivo de incentivar a colaboração entre grandes empresas com empresas de menor porte, inclusive startups. Nesse caso, o valor financeiro aportado pela EMBRAPII pode chegar a 50% do portfólio do valor dos projetos. Pelo menos uma das empresas deve ter ROB igual ou inferior a R$ 90 milhões no último ano.
Tipo 3 – Projetos de pequenas e médias empresas e startups
Voltado para o negócio de menor porte, que está arriscando e desenvolvendo novas tecnologias. Pequenas e médias empresas e startups são importantes atores no avanço tecnológico, muitas vezes investindo em tecnologias com potencial disruptivo. Por isso, a ideia é dar um apoio maior a projetos desse segmento da Economia. A EMBRAPII, então, cobrirá os custos de até 50% do portfólio do valor do projeto de PD&I de empresas que tenham o ROB igual ou inferior a R$ 90 milhões (noventa milhões de reais), no caso das pequenas empresas, ou inferior a R$ 16 milhões (dezesseis milhões de reais), no caso das startups.
Tipo 4 – Ações complementares com startups – ciclo completo
A quarta modalidade é de ações complementares aos projetos de PD&I de startups, apoiando um ciclo completo de fomento. O intuito é que essas novas empresas transformem a tecnologia em um negócio de fato, em inovação. Isso porque as startups ainda estão em formação, requerendo assim apoio adicional para conseguirem levar os novos produtos ao mercado ou para se colocarem como uma fornecedora confiável de uma outra empresa. Assim, a EMBRAPII também dará contrapartidas para dispêndios como homologações ou certificações, provas de conceito, lotes piloto, registro de propriedade industrial, além de serviços de assessoria qualificada em inovação, design, modelagem de negócios, entre outros, desde que relativos ao projeto de P&D originalmente desenvolvido em parceria com a Unidade EMBRAPII.